Violência e família: possibilidades vinculativas e formas de subjetivação
AUTOR(ES)
Neves, Anamaria Silva, Gomes, Layla Raquel Silva, Vidal, Lorena Candelori
FONTE
Psicol. clin.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-06
RESUMO
Este artigo apresenta estudos realizados a partir do atendimento psicoterápico de base psicanalítica à mãe e à filha de uma família que têm a violência como principal elemento articulador de sua história. O homem contemporâneo, em sua busca incessante pela felicidade, vê-se impossibilitado de ter assegurada a satisfação plena de seus desejos, instalando um paradoxo. Essa análise possibilitou um olhar diferenciado sobre o sujeito contemporâneo e as estratégias deste para lidar com a questão do desamparo. A família apresentada ilustra como o vínculo se estabelece e se mantém através de um acordo inconsciente imposto ou mutuamente concluído. Trata-se de um conluio que possibilita a continuidade dos investimentos e dos benefícios ligados à subsistência do contrato narcísico. Os sujeitos, imbuídos da relação violenta, retratam que, ao tentar escapar do enfrentamento da violência fundamental, se lançam ao desamparo. Deste modo resta-lhes a destruição do outro como alternativa para afirmação da singularidade e alívio de sua tensão pulsional.
ASSUNTO(S)
violência vínculo subjetivação
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