Violência e família: possibilidades vinculativas e formas de subjetivação

AUTOR(ES)
FONTE

Psicol. clin.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

Este artigo apresenta estudos realizados a partir do atendimento psicoterápico de base psicanalítica à mãe e à filha de uma família que têm a violência como principal elemento articulador de sua história. O homem contemporâneo, em sua busca incessante pela felicidade, vê-se impossibilitado de ter assegurada a satisfação plena de seus desejos, instalando um paradoxo. Essa análise possibilitou um olhar diferenciado sobre o sujeito contemporâneo e as estratégias deste para lidar com a questão do desamparo. A família apresentada ilustra como o vínculo se estabelece e se mantém através de um acordo inconsciente imposto ou mutuamente concluído. Trata-se de um conluio que possibilita a continuidade dos investimentos e dos benefícios ligados à subsistência do contrato narcísico. Os sujeitos, imbuídos da relação violenta, retratam que, ao tentar escapar do enfrentamento da violência fundamental, se lançam ao desamparo. Deste modo resta-lhes a destruição do outro como alternativa para afirmação da singularidade e alívio de sua tensão pulsional.

ASSUNTO(S)

violência vínculo subjetivação

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