Uma intervenção educativa para profissionais de saúde na prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica / An educative intervention for the health-care workers to prevent ventilator-associated pneumonia

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Estudo quase-experimental, com abordagem quantitativa, delineamento tempo-série e dados prospectivos, realizado no Hospital do Coração de Natal, objetivando verificar a existência de diferença entre a assistência prestada pelos profissionais de saúde aos pacientes sob ventilação mecânica (VM) internados na UTI, antes e após uma intervenção educativa. A população fo de 31 profissionais, com dados coletados entre 05 de novembro de 2007 e 27 de março de 2008. Os resultados mostram uma população jovem, entre 20 e 30 anos de idade, do sexo feminino, ensino nível médio completo, na maioria, técnicos de enfermagem, trabalhando entre 05 e 09 anos na profissão, e 01 e 04 anos em UTI; a maioria nunca realizou treinamento acerca da prevenção de PAV; dos que realizaram, participaram em eventos da instituição com duração entre 12 e 24 horas. Quanto à intubação endotraqueal, o teste do cuff com seringa estéril sofreu modificação positiva, após a intervenção educativa, aumentando de 75,0% para 100,0%; o fio guia estéril foi usado em 75,0% das ocasiões antes e em 100,0% após. Sobre aaspiração endotraqueal, não foi explicado ao paciente sobre esse procedimento em 72,7% das situações antes, mas foi em 56,7% das vezes após; a higienização das mãos não foi realizada previamente em 68,5% das vezes antes, mas foi em 63,3% após; a máscara foi utilizada em 74,2% das oportunidades antes e em 76,7% após; o cateter de aspiração tinha o tamanho adequado em 98,9% das observações antes e em 100,0% após; a gaze usada estava estéril em 95,7% antes e em 100,0% após; o ventilador foi conectado ao paciente durante os intervalos da aspiração em 94,4% das oportunidades antes e em 100,0% após; o ambu estava limpo e protegido em 76,1% das situações antes e em 85,7% após; o cateter de aspiração foi descartado após o uso em 98,9% das oportunidades antes e em 100,0% após; a extensão de látex foi limpa em 86,5% das observações antes e em 93,3% após; a FIO2 foi retornada ao valor inicial em 32,9% das vezes antes e em 12,0% após; a higienização das mãos ao término do procedimento foi feita em 71,9% das situações antes e em 73,3% após; as anotações referentes à aspiração foram feitas em 70,8% das observações antes e em 86,7% após. Quanto aos dispositivos, a troca diária dos frascos aspiradores não foi obedecida em 84,6% das oportunidades antes e em 71,0% após; a troca diária da extensão de látex não foi realizada em 93,6% das vezes antes e em 87,1% após; o ambu não foi trocado em 50,0% das observações, embora estivesse sujo e/ou desprotegido antes, mas em 75,8% das oportunidades esse dispositivo foi trocado após; a nebulização não foi preparada com fluídos não estéreis e/ou manipulada assepticamente em 65,2% das ocasiões antes; entretanto em 71,7% das vezes foram realizados após; os nebulizadores não foram trocados em 65,2% das situações antes, mas foram em 60,9% após. Acerca dos circuitos do VM, o condensado acumulado nos circuitos foi descartado em 55,0% das vezes antes e em 64,0% após; o preenchimento do umidificador com água, não foi feito em 78,4% das vezes em que possuía líquidos remanescentes antes e em 90,2% após; os circuitos do VM foram trocados em 97,0% das oportunidades em que apresentavam sujidade visível ou estavam defeituosos antes e em 98,4% após. Quanto à mudança de decúbito, em 51,3% das vezes antes foi realizada e em 78,2% após; a cabeceira do leito do paciente foi mantida elevada em 95,5% das observações antes e em 98,2% após. Sobre a fisioterapia, a dieta enteral não foi interrompida antes das manobras fisioterápicas em 94,9% das situações antes e em 90,0% após; os materiais usados durante a fisioterapia não estavam desinfetados e/ou estéreis em 69,6% das observações antes, mas estavam em 60,0% após. Quanto à nutrição enteral, o teste da sonda antes de iniciar a dieta enteral ou de administrar medicamentos não foi realizado em nenhuma das oportunidades antes, entretanto foi em 15,2% após; a motilidade intestinal e aferição do conteúdo (residual) gástrico não foram verificadas em nenhuma das observações, mas foi em 15,2%, após. Concluímos que, em 05 dos 07 procedimentos avaliados em relação à VM, houve melhora significativa na qualidade da assistência prestada quando comparados ao momento anterior à intervenção educativa

ASSUNTO(S)

prevention prevenção ventilator-associated pneumonia (vap) enfermagem educação pneumonia associada à ventilação mecânica (pav) education

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