Um estudo exploratório sobre a relação entre a estrutura de capital e o retorno das ações das empresas brasileiras nas financeiras no período de 1995 a 2004.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O objetivo principal dessa dissertação é analisar se há uma relação entre a rentabilidade das ações e a estrutura de capital adotada pelas empresas brasileiras. Mais especificamente, essa dissertação analisa a hipótese de que a rentabilidade das ações das empresas mais alavancadas não é, em média, igual à rentabilidade obtida pelas ações das empresas menos alavancadas. As análises foram feitas considerando as empresas brasileiras não financeiras de capital aberto com ações negociadas na BOVESPA, para o período compreendido entre 1995 e 2004. Utilizou-se o teste de hipóteses da média da população, observando o cálculo de significância de médias para duas amostras, analisando o endividamento a valor de mercado e o retorno anormal das ações, que contempla o excesso de retorno obtido por cada ação quando comparado com o IBOVESPA, neste caso utilizado como parâmetro de mercado. Sendo assim, definiram-se duas carteiras de ações: uma com alta alavancagem e outra com baixa alavancagem financeira e cada uma dessas carteiras contempla o quintil das ações mais alavancadas e menos alavancadas. Os resultados apresentam evidências de que os retornos médios das duas carteiras são diferentes entre si, demonstrando que a carteira de ações de empresas que apresentam estrutura de capital diferentes entre si apresentam diferentes retornos anormais, em média. Neste caso, a carteira composta pelas ações de empresas mais alavancadas apresentou retorno anormal superior ao obtido pela carteira de ações menos alavancada. Para o período analisado, dez anos, o retorno anormal da carteira mais alavancada foi superior em 18%, aproximadamente, quando comparado com a carteira menos alavancada. Para fins de confirmação dos resultados obtidos, efetuaram-se testes de robustez, considerando: endividamento a valor de contábil para todo o período, endividamento a valor de mercado para 5 anos e para 1 ano. Este trabalho corrobora o resultado obtido por outros autores, especialmente em mercados de capital mais maduro, como Inglaterra e Austrália

ASSUNTO(S)

estrutura de capital administração financeira capital (economia) análise de balanço custo de capital ciencias contabeis administracao financeira balanco (contabilidade)

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