Tratamentos superficiais contra a corrosão de armaduras em concreto armado

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A corrosão das armaduras é um dos problemas mais críticos das estruturas de concreto, podendo comprometer severamente sua capacidade de serviço. Dentre os principais agentes iniciadores do processo corrosivo estão a carbonatação e a entrada de íons agressivos, tais como os íons cloretos. Este trabalho tem como objetivo geral avaliar a influência da tratamentos superficiais a base de tensoativos e de silanos contra a corrosão das armaduras de concreto armado expostas a ação de carbonatos e cloretos. O condicionamento das armaduras de aço CA-50 foi realizado separadamente em soluções de silano BTSE, tensoativo Arkopal- 60 e tensoativo BIO ( sintetizado a partir de bactérias Pseudomonas Fluorescens, presentes na folha da alface) em concentrações de 10% e 100% em massa. Os resultados mostram que o tensoativo BIO forma uma camada adsorvida na superfície da armadura que dificulta o contato do eletrólito com a armadura, assim como a penetração de O2 e de CO2 tanto em presença de carbonatos como de cloretos. A camada adsorvida foi mais homogênea para concentrações de 10% em massa deste tensoativo. Todas as amostras submetidas a ensaios eletroquímicos em meio carbonatado mostraram-se passivadas em meio alcalino. Uma vez a superfície do metal passivada, verifica-se que as amostras tratadas com BIO 10, BIO 100 e BTSE se mostram mais resistentes à dissolução eletroquímica do filme passivador. Em solução carbonatada em presença cloretos, verifica-se que o cloreto ataca o tratamento. Nas amostras BTSE e ARKOPAL ocorre a formação de um filme poroso, instável e não aderente de hematita.

ASSUNTO(S)

engenharia de materiais

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