A influência de carboidratos na interação entre Paracoccidioides brasiliensis e células CCL-6 (in vitro)

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: Pouco se conhece a respeito dos eventos iniciais que mediam as interações entre Paracoccidioides brasiliensis e seus hospedeiros. Com a intenção de compreender a importância de carboidratos junto a estas interações, foram analisados os efeitos de soluções de carboidratos sobre a adesão de células leveduriformes de P. brasiliensis sobre culturas de células CCL-6. MÉTODOS: As células fúngicas foram cultivadas com as células epiteliais e diferentes concentrações de D-fucose, N-acetyl-glucosamina, D-manose, D-glicosamina, D-galactosamina, sorbitol e frutose foram adicionadas ao cultivo no início da interação. Após 6h de tratamento, as células foram fixadas e observadas em microscópio óptico. RESULTADOS: Os tratamentos utilizando D-fucose, N-acetil-glicosamina, D-manose, D-glicosamina e D-galactosamina reduziram os números de adesões quando comparados com o controle. Os tratamentos realizados com o uso de sorbitol e frutose apresentaram os mesmos resultados observados no controle. Para detectar a presença de carboidratos na superfície do fungo, propágulos de P. brasiliensis foram tratados com lectinas fluorescentes. WGA-FITC e Con-A-FITC se ligaram às células de P. brasiliensis ao contrário de SBA e PNA. CONCLUSÕES: O percentual de adesão entre P. brasiliensis e células CCL-6 foi reduzido com o uso de D-manose, N-acetil-glicosamina e D-glicosamina. O uso de lectinas marcadas sugeriu a presença de N-acetil-glicosamina, α-manose e α-glicose na superfície de P. brasiliensis. Estes resultados contribuem para o aumento do conhecimento relacionado aos mediadores de adesão de P. brasiliensis, e poderão ser utilizados no futuro para o desenvolvimento de medidas mais eficientes para o controle e tratamento deste patógeno.

ASSUNTO(S)

paracoccidioidomicose adesão células ccl-6 lectina fluorescente

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