Suscetibilidade a antibióticos em infecções de trato urinário em um hospital secundário, 2005-2006 e 2010-2011, em São Paulo, Brasil: dados de 11.943 uroculturas

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-07

RESUMO

Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) tem alta incidência e recorrência, e o tratamento é empírico na maioria dos casos. Objetivos: O objetivo deste estudo foi analisar as culturas de urina realizadas em um hospital secundário, durante dois períodos: 2005-2006 e 2010-2011, para estimar a resistência microbiana. Pacientes e métodos: Foram analisadas 11.943 culturas aeróbicas de urina de acordo com um conjunto de dados demográficos básicos e susceptibilidade aos antibióticos, obedecendo às normas do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) para Vitek 1 e 2. Resultados: A maioria dos participantes era adulta e jovem atendida no Serviço de Emergência. E. coli foi a mais freqüente (70,2%) entre as 75 espécies isoladas. Resistência de todos os isolados foi ≥ 20% para sulfametoxazol/trimetoprim (SMX/TMP), norfloxacina, nitrofurantoína, cefazolina e ácido nalidíxico, apesar de E. coli ter sido mais suscetível (resistência ≥ 20% apenas para SMX/TMP e ácido nalidíxico) entre todos os isolados, levando em conta a porcentagem de resistência e o número de antibióticos testados. Resistência às fluoroquinolonas foi de 12%. Fatores de risco para E. coli: sexo feminino e idade < 65 anos. Homens e pacientes com mais de 65 anos apresentaram isolados mais resistentes. Beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) foram identificadas em 173 de 5.722 isolados Gram-negativos (3,0%), 2010-2011. Conclusões: E. coli foi o isolado mais sensível a antibióticos. Houve uma evolução significativa da resistência antimicrobiana entre os dois períodos. Foi preocupante o aumento da resistência às fluoroquinolonas.

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