Substituição do farelo de soja por fontes de nitrogênio não-protéico em bovinos Nelore / Replacement of soybean meal for non protein nitrogen on Nellore steers

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/02/2012

RESUMO

Capítulo 2: Estudos vêm sendo realizados na tentativa de se avaliar os efeitos da manipulação da nutrição protéica, devido à sua importância no metabolismo e desempenho de bovinos. O presente estudo teve como objetivo identificar a melhor fonte de nitrogênio não-proteico (uréia, uréia de liberação lenta ou a combinação destas) em substituição parcial ao farelo de soja sobre o desempenho, características de carcaça e qualidade da carne de novilhos Nelore em terminação. Quarenta e seis novilhos Nelore (313,30 ± 22,62 kg) foram distribuídos em um delineamento em blocos e confinados em baias individuais por 74 dias. As dietas foram formuladas isoproteicas e isoenergéticas, com os seguintes tratamentos: 1)Controle: composta por 12% de farelo de soja, 2)Uréia: com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia, 3)Optigen: com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia de liberação lenta e 4)Uréia e Optigen: com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia e uréia de liberação lenta, tendo como volumoso o bagaço e a silagem de cana totalizando 21,5% da MS. Não foram verificados efeitos das dietas (P>0,05) no peso vivo final, ganho médio diário, consumo de matéria seca, eficiência alimentar, características de carcaça e qualidade de carne. A substituição parcial do farelo de soja pelas fontes de NNP (uréia e uréia de liberação lenta) proporcionou desempenho, características de carcaça e qualidade da carne semelhantes. -- Capítulo 3: O objetivo deste trabalho foi identificar a melhor fonte de nitrogênio não protéico (NNP), (uréia, uréia de liberação lenta ou a combinação destas) para a substituição parcial ao farelo de soja, avaliando seus efeitos na fermentação ruminal, digestibilidade aparente total, produção de proteína microbiana, contagem de microrganismos ruminais e parâmetros sanguíneos de bovinos Nelore. Para tanto, quatro novilhos Nelore com cânulas ruminais (PV 407,1 ± 11,7 kg) foram distribuídos em um quadrado latino (4×4) durante quatro períodos de 21 dias. As dietas foram formuladas isoproteicas e isoenergéticas, com os seguintes tratamentos: 1)Controle (CTL): composta por 12% de farelo de soja, 2)Uréia (U): com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia, 3)Optigen (O): com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia de liberação lenta e 4)Uréia e Optigen (UO): com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia e uréia de liberação lenta, tendo como volumoso o bagaço e a silagem de cana totalizando 21,5% da MS. Não foi observado efeito das dietas experimentais (P>0,05) no consumo de nutrientes e digestibilidade aparente total, com exceção do consumo de extrato etéreo que foi maior nos animais alimentados com as fontes de NNP (U:0,19, O:0,20 e UO:0,19 kg/d) em relação a dieta CTL (0,17 kg/d). A concentração de nitrogênio amoniacal, proporção molar, porcentagem e total de ácidos graxos de cadeia curta no líquido ruminal foram semelhantes entre as dietas. No entanto, os animais alimentados com a dieta CTL apresentaram maior (P=0,017) pH ruminal (6,81) em relação as fontes de NNP (U:6,64, O:6,63 e UO:6,76). A quantidade de todos os gêneros de protozoários ciliados foram aumentados no conteúdo ruminal dos animais alimentados com as fontes de NNP em relação à dieta controle (P<0,001). Foi observada maior produção de proteína microbiana para as dietas com NNP, devido aos maiores valores de alantoina (P=0,074), purinas totais (P=0,090), purinas microbianas absorvidas (P=0,091), nitrogênio microbiano (P=0,091) e proteína bruta microbiana (P=0,091) observados quando comparadas a dieta CTL. A concentração plasmática de glicose, uréia no plasma e nitrogênio ureico no soro foram maiores na dieta CTL (P=0,012; 0,017 e 0,017, respectivamente) em relação as fontes de NNP. A substituição parcial de farelo de soja por uréia, uréia de liberação lenta ou a combinação de uréia e uréia de liberação lenta, resultou em melhor eficiência de utilização protéica pelos animais, entretanto, a uréia e a uréia de liberação lenta foram semelhantes nas variáveis analisadas.

ASSUNTO(S)

beef cattle bovinos confinamento feedlot nitrogênio não protéico non protein nitrogen optigen optigen urea uréia

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