Sialometria: aspectos de interesse clínico

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Reumatol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

A saliva total é um complexo de secreções multiglandulares composto de fluido gengival, células epiteliais descamadas, microrganismos, produtos do metabolismo bacteriano, resíduos alimentares, leucócitos, muco da cavidade nasal e da faringe. A saliva possui diversas funções, incluindo reparação tecidual, tamponamento, proteção, digestão, gustação, ação antimicrobiana, manutenção da integridade do dente e sistema de defesa antioxidante. A redução do fluxo salivar (hipossalivação) é um distúrbio comum, e estima-se que cerca de 20% da população geral tenham esta alteração. A hipossalivação pode ser decorrente de diabetes mellitus, hipotireoidismo, desidratação, comprometimento do parênquima glandular por processos infecciosos, doenças granulomatosas ou condições autoimunes e inflamatórias (como a síndrome de Sjögren e a artrite reumatoide), radioterapia da região cefálica e/ou cervical, bem como pode estar associada a distúrbios do humor, efeitos adversos ocasionados pelo uso de algumas medicações ou, ainda, ser de causa idiopática. As terapias convencionais para o tratamento da redução do fluxo salivar, com o uso de sialogogos gustatórios e químicos, ainda apresentam restrições. Contudo, novas alternativas têm mostrado grande perspectiva no tratamento deste problema. Diagnosticar um paciente como hipossalivador crônico é um desafio na prática clínica, e os métodos de avaliação do fluxo salivar são pouco conhecidos pelos reumatologistas. A avaliação seriada do fluxo salivar é importante para o correto diagnóstico e prognóstico de determinadas condições bucais e sistêmicas. Esta revisão aborda alguns aspectos relacionados à função da saliva, às consequências da hipossalivação e aos métodos de medição da taxa de fluxo salivar, conceitos úteis na prática diária do reumatologista.

ASSUNTO(S)

saliva sialometria fluxo salivar hipossalivação xerostomia

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