Sepse precoce de origem materna em uma unidade de terapia intensiva neonatal no Brasil: critérios diagnósticos, fatores de risco e evolução clínica
AUTOR(ES)
Nayara Gonçalves Barbosa
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
23/08/2012
RESUMO
A sepse neonatal é a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal, sobretudo em países em desenvolvimento, onde há evidências de uma maior proporção de infecções de origem materna. O objetivo do estudo foi avaliar a incidência de sepse precoce baseado em critérios clínicos e/ou microbiológicos, fatores de risco e evolução em um hospital universitário do Brasil. Estudo retrospectivo modelo caso (neonatos com sepse), controle (não infectados), de vigilância através de consultas de prontuários das mães e recém-nascidos. Os pacientes foram internados na UTIN nível II/III, do Hospital de Clínicas de Uberlândia (HC-U), no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011 e foram acompanhados até receberem alta hospitalar. A taxa de incidência de sepse precoce foi extremamente alta de 110,91 casos por 1.000 nascidos vivos, predominantemente de origem materna (91,93%). Este índice representou 37,8% dos casos de sepse na unidade, com uma mortalidade hospitalar de 38,7%, a maioria (75,0%) na primeira semana de vida. O diagnóstico foi baseado principalmente (93,5%) por critérios clínicos, sendo identificado apenas um caso com EGB (1,78 casos por 1000 nascidos vivos); além do mais, a colonização das gestantes era desconhecida em 56,4%. Os fatores de risco independentemente associados foram: parto vaginal, <3 consultas pré-natais. Em síntese, a sepse de origem materna foi parte expressiva nos casos de sepse neonatal hospitalar, deste modo, as medidas relativas a melhorias no cuidado pré-natal, educação em saúde, diagnóstico, tratamento de infecções na gestante, condições assépticas e atendimento especializado durante o parto e continuidade de cuidados à saúde materna e neonatal, se fazem necessárias para diminuir a morbidade e mortalidade neonatal, sobretudo em países com recursos humanos e financeiros limitados, como o Brasil.
ASSUNTO(S)
sepse neonatal precoce fatores de risco prognóstico imunologia microbiologia septicemia infecção hospitalar recém-nascidos early onset neonatal sepsis risk factors outcome
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufu.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4507Documentos Relacionados
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