Respostas termorregulatórias de crianças no exercício em ambiente de calor
AUTOR(ES)
Gomes, Luis Henrique L. S., Carneiro-Júnior, Miguel Araújo, Marins, João Carlos B.
FONTE
Rev. paul. pediatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-03
RESUMO
OBJETIVO: Revisar as possíveis peculiaridades nos mecanismos biológicos referentes às respostas termorregulatórias e sudorípara específicas no exercício realizado por crianças em ambiente de calor. FONTES DE DADOS: Foi feita uma revisão de 47 artigos publicados entre 1960 e 2011 nas bases de dados eletrônicos MedLine e SciELO Brasil, com a utilização dos seguintes descritores: 'crianças', 'calor', 'sudorese', 'termorregulação', 'glândula sudorípara' e 'exercício', sendo usados isoladamente ou em combinação, além de uma tese de doutorado sobre o assunto. SÍNTESE DOS DADOS: Em pré-púberes, a taxa de sudorese durante o esforço é menor em comparação aos adultos. Crianças possuem características termorregulatórias diferenciadas, apresentando um débito de suor por glândula muito menor. A maior razão entre área de superfície e massa corporal faz com que crianças absorvam mais calor durante o exercício sob estresse térmico, elevando o risco de apresentarem sintomas de hipertermia. O maior fluxo sanguíneo para a pele contribui com um melhor controle da homeostase térmica de crianças. O menor tamanho da glândula, a menor sensibilidade colinérgica, os níveis baixos de catecolaminas circulantes durante o esforço e a falta de hormônio androgênico explicam a ocorrência da baixa eliminação de suor no exercício realizado por crianças. CONCLUSÕES: Crianças exibem glândulas sudoríparas imaturas. Assim, a prática de atividade física combinada a altas temperaturas não é bem tolerada havendo maior vulnerabilidade às lesões térmicas. No calor, deve-se ter um controle rigoroso da ingestão de líquidos e um monitoramento atencioso das condições climáticas para maior segurança na prática de exercícios.
ASSUNTO(S)
crianças exercício sudorese termorregulação hipertermia induzida
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