Resposta neuromuscular a protocolos de treinamento com número máximo de repetições e diferentes durações das ações musculares
AUTOR(ES)
Sandra Carvalho Machado
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
26/03/2012
RESUMO
Os protocolos de treinamento para o aumento da força muscular podem ser prescritos com número máximo de repetições (NMR) por série visando aumentar o número de unidades motoras ativadas. Entretanto, estudos têm mostrado que outras variáveis do treinamento podem interferir tanto no NMR quanto na atividade eletromiográfica. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi comparar o número máximo de repetições e a amplitude do sinal eletromiográfico entre séries e entre os protocolos de treinamento com diferentes durações das ações musculares e mesma duração da repetição. Participaram deste estudo dezenove voluntários do sexo masculino que praticavam musculação continuamente há pelo menos seis meses. Nas sessões de coleta 1 e 2 os indivíduos realizaram testes de uma repetição máxima (1RM) no exercício supino guiado. Nas sessões 3 e 4, foram executados dois protocolos de treinamento no supino guiado constituídos de três séries com NMR a 60% de 1RM e pausa de três minutos entre as séries. Um dos protocolos foi realizado com ações musculares concêntricas de 2s e excêntricas de 4s (protocolo 2-4) e o outro com ações musculares concêntricas de 4s e excêntricas de 2s (protocolo 4-2). A ordem de realização dos protocolos foi determinada de forma aleatória e balanceada. A amplitude do sinal eletromiográfico de cada repetição para os músculos peitoral maior e tríceps braquial foi quantificada pela integral do sinal eletromiográfico normalizada (iEMGN) obtida pela média das repetições realizadas em cada série dos protocolos de treinamento. No protocolo 4-2 foi possível realizar um menor número de repetições que no protocolo 2-4. O peitoral maior apresentou maior iEMGN no protocolo 4-2 e o tríceps braquial não apresentou diferença entre os protocolos. Em ambos os protocolos, houve redução no número de repetições realizadas ao longo das séries e aumento da iEMGN. O presente estudo mostrou que uma maior ativação muscular pode ser obtida mesmo quando um menor número de repetições é realizado. Além disso, os dois músculos estudados apresentaram diferentes comportamentos em resposta à execução dos mesmos protocolos de treinamento.
ASSUNTO(S)
musculação teses. exercícios físicos aspectos fisiológicos teses. eletromiografia teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/EEFF-874QCEDocumentos Relacionados
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