ResistÃncia a azÃlicos em candida spp. de origem veterinÃria: um fenÃmeno mediado por bombas de efluxo / AZOLE RESISTANCE IN CANDIDA SPP. FROM VETERINARY SOURCES: AN EFFLUX-MEDIATED PHENOMENON

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/12/2011

RESUMO

O monitoramento da sensibilidade antifÃngica em espÃcies de Candida de origem veterinÃria à uma prÃtica recente e os mecanismos envolvidos ainda nÃo foram completamente elucidados. Considerando que o arsenal de drogas antifÃngicas à limitado e que o fenÃmeno de resistÃncia tem se tornado mais freqÃente, a compreensÃo deste fenÃmeno e a busca por alternativas terapÃuticas se fazem necessÃrias. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo monitorar a sensibilidade in vitro de Candida spp. oriundas de animais, com Ãnfase na resistÃncia aos azÃlicos mediada por bombas de efluxo e na avaliaÃÃo da atividade do imidazÃlico levamisol sobre o crescimento destas leveduras. Para tanto, em um primeiro momento, foram avaliados 126 isolados de Candida, sendo 19 C. albicans, 17 C. famata, 5 C. guilliermondii, 8 C. krusei, 29 C. parapsilosis, 48 C. tropicalis, dos quais 22 foram isolados de rapinantes, 32 de periquitos do sertÃo, 56 de papagaios, 7 de araras canindà e 3 de um ouriÃo-cacheiro. Todas as cepas foram submetidas ao teste de microdiluiÃÃo em caldo, ante a anfotericina B, itraconazol, fluconazol, segundo metodologia padronizada pelo Clinical Laboratory Standards Institute (documento M27-A3). As concentraÃÃes inibitÃrias mÃnimas (CIMs) variaram de 0,03125 a 2 Âg/mL, 0,125 a 250 Âg/mL e de 0,03125 a 125 Âg/mL para anfotericina B, fluconazol e itraconazol, respectivamente. Dos 126 isolados avaliados por microdiluiÃÃo, 33 (26,2%) foram resistentes aos azÃlicos, sendo 7 (5,6%) resistentes somente a fluconazol, 1 (0.8%) resistente somente ao itraconazol e 24 (19%) resistentes a ambas as drogas. Em um segundo momento, todas estas cepas resistentes aos derivados azÃlicos, mais 20 C. albicans e 3 C. tropicalis resgatadas da nossa coleÃÃo de leveduras resistentes de origem veterinÃria, foram submetidas ao teste de inibiÃÃo de bomba de efluxo com prometazina, perfazendo um total de 56 cepas resistentes a azÃlicos. Dessa forma, as CIMs de fluconazol e itraconazol sofreram reduÃÃes significativas de 2 a 250 e de 16 a 4000 vezes, respectivamente. Investigou-se, ainda, a atividade antifÃngica do levamisol contra 12 C. albicans, 12 C. krusei, 12 C. parapsilosis e 12 C. tropicalis, sendo obtidas CIMs e concentraÃÃes fungicidas mÃnimas que variaram de 0,58 a 2,34 mg/mL e de 2,34 a 9,37 mg/mL, respectivamente. Paralelamente, foi demonstrado que o levamisol inibe a formaÃÃo do biofilme de C. albicans e C. tropicalis, bem como interfere na manutenÃÃo do biofilme maduro. Os dados apontam que a resistÃncia aos derivados azÃlicos Ã, pelo menos em parte, mediada por bombas de efluxo, bem como demonstram o potencial antifÃngico do imidazÃlico levamisol e sua capacidade de inibir o biofilme de cepas de Candida spp. oriundas de animais.

ASSUNTO(S)

microbiologia medica candida azÃlicos resistÃncia bomba de efluxo biofilmes levamisol animals prometazina candida spp. azoles efflux pump biofilm levamisole promethazine

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