Representações sociais de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial e pessoas de sua rede sobre doença mental e inclusão social

AUTOR(ES)
FONTE

Saude soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

Ao viver na comunidade, as pessoas com transtornos mentais enfrentam o desafio de construir a sua inclusão social. No presente estudo, buscou-se identificar e analisar as concepções expressas pelos entrevistados sobre inclusão social e doença mental. Utilizou-se a abordagem qualitativa como metodologia de pesquisa. Os sujeitos desta investigação foram pessoas com transtorno psíquico, usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), e pessoas da sua rede social. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e, para apuração dos dados, foi utilizada a análise do discurso, que permite refletir sobre as condições de produção e apreensão de significado dos textos. A percepção sobre inclusão social dos entrevistados está alinhada com a literatura, valorizando aspectos como trabalho, educação, renda, poder contratual e ser aceito na sua diferença. Porém, a comunidade apresenta associações negativas em relação ao adoecimento mental, que são introjetadas pelas pessoas ao longo do tempo. O modelo manicomial ajudou a criar o imaginário de que a pessoa com transtorno mental é perigosa, incapaz e deve ser excluída. Assim, as pessoas com transtornos mentais enfrentam preconceitos e discriminações que dificultam seu processo de inclusão social. Neste contexto, é preciso lidar com a herança cultural que estabelece o conceito de que estas pessoas devem ser temidas e excluídas. Os avanços nas concepções sobre inclusão social são um forte aliado para transformar as concepções sobre a doença mental, já que a inclusão social pressupõe uma sociedade inclusiva para todos, sem exceções.

ASSUNTO(S)

saúde mental serviços de saúde mental estigma social preconceito e inclusão social

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