Reganho de peso após dois anos ou mais de pós-operatório de bypass gástrico em Y-de-Roux: análise de 316 pacientes
AUTOR(ES)
Renato Souza da Silva
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
26/08/2011
RESUMO
Objetivo: Estudar e comparar o reganho de peso sobre o peso mínimo obtido após pelo menos dois anos de pós-operatório dos pacientes submetidos ao bypass Gástrico com derivação gastrojejunal em Y de Roux (BGYR). Material e Métodos: A população estudada é composta por pacientes submetidos ao BGYR pelo mesmo cirurgião no CITOM (Centro Integrado de Tratamento da Obesidade Mórbida), no período entre 2001 e 2007. O estudo é delineado em um coorte histórico com coleta retrospectiva dos dados. Foi avaliado o reganho de peso do paciente em comparação com o peso mínimo obtido após o procedimento. Resultados: Foram estudados 316 pacientes, destes 157 foram operados por via laparotômica (49,7%) e 159 por via videolaparoscópica (50,3%). Foram realizados 170 procedimentos com o uso do anel contensor (53,8%) e 146 sem o uso do anel contensor (46,2%). Analisando o reganho de peso, encontrou-se uma incidência de 211 casos (66,8%). Nos casos em que houve reganho de peso, 114 (54,03%) foram realizados pela técnica sem o uso de anel contensor e 97 (45,97%) com o uso do mesmo. Analisando o reganho de índice de massa corporal (IMC), houve um acréscimo médio de 1,84 Kg/m2, sendo este acréscimo de 2,78 Kg/m2 nos pacientes que não fizeram uso do anel contensor e de 1,03 Kg/m2 nos pacientes que o utilizaram. Conclusão: Concluímos que abordagem cirúrgica não influencia no reganho de peso (p=0,673). Analisando o uso de anel, percebemos que este acarreta em maior perda de peso, porém não implica significativamente no reganho de peso (p=0,109). Analisando conjuntamente a via cirúrgica e o uso do anel, observamos também que estes não são significativos sobre o reganho de IMC (p=0,352). Por fim, concluímos que a ocorrência de reganho de peso é maior quanto mais alto o valor do IMC inicial (p<0,001) e quanto maior o tempo transcorrido após a cirurgia (p<0,001)
ASSUNTO(S)
medicina cirurgia bariÁtrica obesidade perÍodo pÓs-operatÓrio ganho de peso medicina
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3735Documentos Relacionados
- VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA PREVENTIVA COM DOIS NÍVEIS PRESSÓRICOS NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA EM Y-DE-ROUX: ENSAIO RANDOMIZADO
- Gastrectomia vertical e bypass gástrico em Y-de-Roux induzem doença do refluxo gastroesofágico no pós-operatório?
- AVALIAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR DURANTE O PRIMEIRO ANO DE PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES COM DIABETE MELITO TIPO 2 OU ALTERAÇÃO GLICÊMICA SUBMETIDOS AO BYPASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX
- MUDANÇAS NA MICROBIOTA INTESTINAL E USO DE PROBIÓTICOS NO PÓS-OPERATÓRIO DE BYPASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX E GASTRECTOMIA VERTICAL SLEEVE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
- Achados endoscópicos no pós-operatório tardio após bypass gástrico: análise de co-ocorrência.