Raça, cultura e história: Charles Wagley e a antropologia da diáspora africana nas Américas
AUTOR(ES)
Hay, Fred
FONTE
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. hum.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
Quando cheguei à Universidade da Flórida, em 1981, fui informado de que Charles Wagley não estava aceitando novos estudantes de pós-graduação. Após minha primeira aula com Wagley, ele concordou em ser meu orientador e me tornei o último estudante que aceitou. Apesar de ser mais conhecido por sua sensível e pioneira etnografia das populações indígenas e camponesas, e por seus influentes panoramas antropológicos/históricos do Brasil e da América Latina, são consideráveis as contribuições de Wagley e de seus estudantes para o estudo das culturas afro-americanas e das relações raciais nas Américas. Entre os importantes conceitos articulados por Wagley, estão os de 'raça social', 'Plantation America' e 'comunidades locais amorfas e fracamente organizadas, sem limites claros no espaço ou pertencimento'. Wagley orientou minha pesquisa de doutorado no Haiti, na qual desenvolvi o seu conceito, propondo o de 'amorfismo cultural' enquanto 'estilo cultural global' (conforme Kroeber) das culturas da diáspora africana na esfera cultural da Plantation America: um princípio organizador fundamental que provou ser uma adaptação efetiva à plantation e às suas sociedades sucessoras.
ASSUNTO(S)
diáspora africana afro-américa plantation america relações raciais
Documentos Relacionados
- Etnicidade e ensino de História: a matriz cultural africana
- SUBJETIVIDADES EM TRÂNSITO: IDENTIDADE, DIÁSPORA AFRICANA E CULTURA IMATERIAL
- Charles Wagley: mentor e colega
- Transformações nas classificações de parentesco Tupi-Guarani segundo Charles Wagley
- Raça, comunicação e cultura: a temática racial na revista Raça Brasil (1996-2006)