Queilite actínica: avaliação histopatológica de 44 casos
AUTOR(ES)
Arnaud, Rachel Reinaldo, Soares, Maria Sueli Marques, Paiva, Marcos Antônio Farias de, Figueiredo, Cláudia Roberta Leite Vieira de, Santos, Manuela Gouvêa Campêlo dos, Lira, Cláudia Cazal
FONTE
Rev. odontol. UNESP
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
Objetivo: Descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e histopatológicos da queilite actínica. Material e método: Foi realizado um estudo retrospectivo a partir de casos com diagnóstico clínico de queilite actínica, registrados no arquivo histopatológico do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Napoleão Laureano, Paraíba, relativos ao período de 2000 a 2007. Foram selecionados 44 blocos parafinados, que apresentavam condições de reavaliação histológica através da confecção de novas lâminas. Os novos cortes foram corados em Hematoxilina e Eosina, e a avaliação histopatológica foi realizada por dois examinadores independentes, sendo as alterações classificadas de acordo com OMS. Realizou-se análise estatística descritiva em programa SPSS for Windows versão 13. Resultado: Do total da amostra, 52,3% (23) dos casos foram diagnosticados em homens e 47,7% (21) em mulheres, com idade variando de 27 a 92 anos. A maioria dos indivíduos (81,9%) tinha mais de 40 anos. Em relação às características histológicas, 68,2% (30) dos casos exibiram algum grau de displasia epitelial, sendo 36,3% (16) classificados como displasia leve, 20,4% (9) como displasia moderada e 11,3% (5), displasia severa. Em 15,9% (7), ocorreu carcinoma de células escamosas. No tecido epitelial de revestimento labial, os achados histológicos mais frequentes e identificados foram presença de degeneração hidrópica (79,5%) e hipergranulose (56,8%). Infiltrado inflamatório foi observado em 88,6% dos casos e elastose solar, em 86,4%. Conclusão: Com base nos resultados da amostra estudada, podemos concluir que a maioria das lesões de queilite actínica acometeu lábio inferior de homens, com mais de 40 anos de idade. A análise histopatológica revelou displasia e atipia celular, infiltrado inflamatório e presença de elastose solar, que são características comuns em lesões de QA.
ASSUNTO(S)
queilite carcinoma de células escamosas radiação solar carcinogênese
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