Psicopatia e agressividade em mulheres apenadas
AUTOR(ES)
Cema Cardona Gomes
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
26/02/2010
RESUMO
A psicopatia tem como principal característica uma alteração de caráter que facilita a exteriorização de comportamentos anti-sociais, o que pode causar prejuízos na relação destes indivíduos com a sociedade. No primeiro estudo, foi feita uma revisão da literatura sobre a psicopatia em relação ao sexo e também o envolvimento de disfunções cerebrais nos comportamentos anti-sociais, e foi observado que anormalidades cerebrais podem estar contribuindo para o aparecimento de comportamentos semelhantes aos de psicopatas, em alguns indivíduos. Além disto, foram verificadas diferenciações de características sintomáticas entre os sexos, que evidenciaram alterações na externalização dos comportamentos patológicos de homens e mulheres. Já no segundo estudo foram investigadas a psicopatia e a agressividade em mulheres apenadas, onde fizeram parte da amostra 40 mulheres (N=40), com média de idade de 33,7 anos (DP = 12,2), que foram avaliadas através da aplicação da Escala Hare PCL- R e do Inventário de Expressão de Raiva com Estado e Traço (STAXI). Neste estudo, 30% das mulheres foram diagnosticadas como psicopatas (n=12) e 70% (n=28) não. Tanto as mulheres que foram diagnosticadas como psicopatas quanto as não psicopatas apresentaram média alta nos fatores do PCL-R, o que torna o prognóstico destas mulheres preocupante. Dos 70% das mulheres não psicopatas (n=28), 50% (n=20) se enquadraram no Transtorno Parcial de Personalidade - forma mais atenuada da psicopatia, mas que apresenta algumas das características - e apenas 20% (n=8) não foram classificadas com nenhum tipo de transtorno. Também foi constatado um alto índice de abuso de drogas, comportamento sexual promíscuo e reincidência nesta amostra de apenadas, porém não foram encontradas correlações positivas, neste estudo, destes fatores com a psicopatia.
ASSUNTO(S)
psicopatia agressividade mulheres psicologia
