Produção de astaxantina por Mucor javanicus (UCP 69), a partir de meio definido e utilizando resíduo industrial (milhocina e quirera de milho) / Produção de astaxantina por Mucor javanicus (UCP 69), a partir de meio definido e utilizando resíduo industrial (milhocina e quirera de milho)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Com a recente substituição dos pigmentos sintéticos pelos carotenóides naturais, pesquisas têm sido desenvolvidas para viabilizar uma maior produção destas substâncias, através de fontes biológicas alternativas. Neste trabalho foi estudada a produção de astaxantina por uma amostra de Mucor javanicus utilizando o meio definido Hesseltine e Anderson (1957) modificado por Andrade (2000) e meios utilizando resíduos de milho (milhocina e quirera), em concentrações distintas (4%, 7% e 10%), pH 6,5, 120 rpm, 25C. Foram analisada também a influência do tempo de cultivo da amostra durante 48h, 72h e 96h, na presença e ausência de luz azul. Ao término do processo fermentativo, a astaxantina foi extraída em solução de Hexano/metanol e analisada por espectroscopia UV- visível (470 nm). Todos os parâmetros estudados nos experimentos foram combinados através de um planejamento fatorial 33 e analisados no Software Statistica 5.0. No meio Hesseltine e Anderson o melhor rendimento de astaxantina foi verificado no tempo de 96h (26,7 g/g), na ausência de luz e quando se utilizou luz azul (37,7 g/g), obteve-se um aumento de 41%. A melhor condição para a produção da astaxantina com a milhocina deu-se na concentração de 4%, 96h, com luz (55,8 g/g), aumentando em quase 100%, quando comparada com as culturas crescidas na ausência de luz (28,0 g/g). A quirera na concentração de 7% apresentou melhor rendimento de astaxantina, no tempo de 96h, com luz (18,4 g/g), aumentando 37%, quando comparada com as culturas crescidas na ausência de luz (13,4 g/g). O melhor rendimento de astaxantina com milhocina e quirera deu-se na concentração de 7%, 96h, com luz (33,8 g/g), aumentando em quase 47%, quando comparada com as culturas crescidas na ausência de luz (22,9 g/g). As concentrações que mais favoreceram ao aumento do rendimento da astaxantina foram: milhocina 4%, quirera 4% e milhocina com quirera 7%, todos na presença de luz azul, demonstrando que a luz azul interfere diretamente na síntese de astaxantina. Bem como que os resíduos utilizados possuem potencial para a produção de astaxantina. As análises no Statistica 5.0, demonstram a necessidade da realização de outros estudos para obtenção da produtividade máxima de astaxantina por M. javanicus, nos meios alternativos.

ASSUNTO(S)

corn astaxantina dissertation milho factory and trade waste resíduos industriais biologia geral dissertações carotenóides carotenoids astaxanthin

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