Pressão expiratória positiva nas vias aéreas não reproduz as respostas de frequência cardíaca à manobra de Valsalva em homens jovens saudáveis
AUTOR(ES)
Pissinato, Isabella Gracindo, Karsten, Marlus, Neves, Laura Maria Tomazi, Minatel, Vinicius, Borghi-Silva, Audrey, Catai, Aparecida Maria
FONTE
Fisioterapia e Pesquisa
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-06
RESUMO
A pressão expiratória positiva nas vias aéreas (EPAP) é um recurso terapêutico que compreende uma inspiração seguida de expiração contra resistência. Sua aplicação promove ajustes no sistema cardiovascular, de maneira similar ao observado durante a manobra de Valsalva (MV). O objetivo deste estudo foi analisar a resposta da frequência cardíaca (FC) à MV e às diferentes formas de aplicação de EPAP a fim de identificar se e em qual condição esta técnica reproduz a resposta da FC observada na MV, em homens jovens aparentemente saudáveis. Foram estudados 10 sujeitos (24±3 anos; 25±3 kg/m²) que realizaram os procedimentos de MV e EPAP, aleatoriamente em dias diferentes. Na MV o esforço expiratório foi sustentado por 15 s (pressão oral de 40 mmHg [53,4 cmH2O]). Empregou-se duas técnicas de EPAP (isolada e terapêutica) contra 3 níveis de pressão (10, 15 e 20 cmH2O), aplicados aleatoriamente. As manobras foram repetidas três vezes com intervalo de cinco minutos. Considerou-se o maior valor de variação da FC (DFC) de cada manobra para análise. Empregou-se o teste Shapiro-Wilk para verificar a distribuição dos dados e ANOVA para medidas repetidas, com post-hoc de Fisher, considerando-se α<0,05. Os valores de DFC observados na MV foram maiores (p<0,05) que os encontrados nas diferentes técnicas de EPAP, independentemente do nível pressórico empregado. A aplicação de EPAP, nos três níveis pressóricos, gera menor sobrecarga cardíaca e não reproduz as respostas da FC observadas na MV.
ASSUNTO(S)
respiração com pressão positiva músculos respiratórios sistema nervoso autônomo modalidades de fisioterapia
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