Potencial competitivo de circuito turÃstico: uma anÃlise da rota dos tropeiros no Centro-Oeste de Minas Gerais. / Competitiveness potential of tourist circuit: an analysis from "Rota dos Tropeiros" in the Minas Gerais center-west.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O Brasil ocupa uma posiÃÃo discreta em relaÃÃo aos indicadores turÃsticos mundiais, apesar de apresentar caracterÃsticas competitivas como a grande extensÃo territorial, o ambiente natural, as culturas e hÃbitos de cada regiÃo, dentre outras. Para estimular o desenvolvimento do setor turÃstico, o governo do Estado de Minas Gerais criou 46 circuitos turÃsticos, dentre os quais destaca-se o circuito âRota dos Tropeirosâ, compreendendo a cidade de Arcos, Formiga, Itapecerica, Lagoa da Prata e Santo AntÃnio do Monte no centro-oeste mineiro. Dessa forma, o objetivo central deste trabalho foi analisar o potencial turÃstico dessa rota, verificando se as formas de organizaÃÃo econÃmica podem ser revertidas em benefÃcio para a atividade turÃstica. Especificamente, buscou-se descrever o perfil do turista, identificar os atrativos turÃsticos, mensurar os Ãndices de competitividade do preÃo qualidade ambiental, avanÃos tecnolÃgicos e desenvolvimento dos recursos humanos das cidades componentes do referido circuito, apontar as formas de organizaÃÃo dos diferentes setores que compÃem atividade econÃmica do circuito, verificando se sÃo as mais adequadas a estes setores. A metodologia consistiu, basicamente, na aplicaÃÃo de questionÃrios estruturados a 400 turistas, sendo 80 para cada cidade. A mensuraÃÃo dos indicadores de competitividade foi feita empregando-se uma derivaÃÃo do mÃtodo originalmente proposto pela World Travel and Tourism Council, conforme descrito por Gooroochurn &Sugiyarto (2005). Os resultados revelaram que a maioria dos turistas compÃem um perfil do sexo masculino, com idade oscilando entre 26 e 30 anos, solteiro, natural de Minas Gerais, possuidor de uma renda salarial entre 4 e 6 salÃrios mÃnimos e graduado em nÃvel superior. Observou-se a existÃncia de uma grande quantidade de pontos turÃsticos destacando-se o Lago de Furnas, as cachoeiras e as grutas, os estabelecimentos noturnos, os parques de exposiÃÃo, alÃm de outros atrativos como as festas religiosas e folclÃricas, o carnaval, a Folia de Reis, o congado, as instituiÃÃes de nÃvel superior como a PUC e a arquitetura civil colonial, a exemplo do Sobrado Dom Dico, das igrejas, entre muitas outras. O estudo revelou que as formas de organizaÃÃo das atividades econÃmicas nos municÃpios de Arcos e Santo AntÃnio do Monte estruturam-se em torno de um cluster industrial do calcÃrio e de fogos de artifÃcio, respectivamente; em Formiga, o arranjo existente à um cluster industrial tÃxtil incompleto e; nas cidades de Itapecerica e Lagoa da Prata nÃo existem arranjos organizacionais como os clusters (incompleto ou completo) e nem as redes de cooperaÃÃo. Por fim, a mensuraÃÃo dos mecanismos que regem a competitividade das diferentes cidades integrantes do circuito âRota dos Tropeirosâ, a cidade de Formiga foi a mais competitiva do circuito, seguida, respectivamente por Arcos, Lagoa da Prata, Itapecerica e Santo AntÃnio do Monte. Como conclusÃo geral, acredita-se que a observaÃÃo das potencialidades da regiÃo aliada ao emprego de polÃticas pÃblicas direcionadas podem incrementar a competitividade do circuito, trazendo benefÃcios aos turistas, aos nativos e Ãs organizaÃÃes pÃblicas e privadas.

ASSUNTO(S)

administracao tourism competitiveness turismo; competitividade; desenvolvimento development

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