Por um sindicalismo associativo: da solidariedade sindical internacional à democracia nos locais de trabalho

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/05/2012

RESUMO

Quatro temas afloram do estudo que se apresenta em prol da ideia de um sindicalismo associativo: a atuação, no terreno global, das empresas multinacionais; a resposta do sindicalismo internacional, mediante seus atores mais eloquentes, ao avanço do capital; as formas mediante as quais os trabalhadores podem, desde o local de trabalho, se organizar para participar do governo da empresa; e a inter-relação que o sindicalismo, desde o local de trabalho até o cenário internacional, pode e necessita manter, para a sua sobrevivência, em um ambiente de complexas relações coletivas de trabalho, com outros tipos de representações coletivas de trabalhadores, de perfil unitário e não-sindical, montadas por vias singulares (delegados de pessoal ou representantes eleitos de trabalhadores) ou por vias coletivas (comitês ou comissões de empresa ou de fábrica). O debate em torno das conexões existentes entre supostamente tão distantes temas oferece a fonte material a partir da qual o sindicalismo pode se preparar para enfrentar o avanço do capital, ao mesmo tempo em que pode construir, desde os locais de trabalho até o terreno global, ambientes mais democráticos para a convivência, com maior respeito e equivalência, entre trabalho e capital. Um dos instrumentos que, do estudo, se apresenta para o movimento sindical, particularmente ao brasileiro, é a ideia de um sindicalismo associativo, mediante a qual os sindicatos, em uma orientação vertical, podem estabelecer relações, com tráfego de informações e de experiências, pela exploração de mínimos direitos atinentes à participação dos trabalhadores no governo da empresa, com os diversos níveis por meio dos quais os trabalhadores se organizam desde os locais de trabalho até o cenário internacional; e, em uma orientação horizontal, podem estabelecer relações, com tráfego de informações e de experiências, mediante exploração de direitos de participação no governo da empresa, com representações coletivas de trabalhadores de natureza unitária e não-sindical, desde os locais de trabalho até o cenário internacional. Em razão de a abordagem de todas essas inter-relações não ser usual para o Direito Coletivo do Trabalho no Brasil, embora presente ainda que, por vezes, não tão tranquila para o movimento sindical de países europeus e para os países tidos como do Norte, a pesquisa bibliográfica parte de referências eminentemente europeias e norte-americanas, mas sem, em nenhum momento, perder o horizonte do cenário político e jurídico brasileiro para propor, mesmo em contexto de unicidade, ou para além da unicidade, outra forma de agir e de pensar para o sindicalismo

ASSUNTO(S)

direito empresas multinacionais sindicalismo representações coletivas de trabalhadores sindicalismo associativo participação dos trabalhadores locais de trabalho democracia unicidade multinational companies unionism collective representation of workers associational unionism employee participation global unions federations workplace democracy restrictive brazilian union model

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