PHYTOCHEMICAL STUDY OF HANCORNIA SPECIOSA: isolation, structural determination and biological activity / ESTUDO FITOQUÍMICO DE HANCORNIA SPECIOSA GOMES: isolamento, determinação estrutural e atividade biológica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Neste trabalho apresentamos os resultados sobre o estudo fitoquímico da mangabeira, Hancornia speciosa Gomes (Apocynaceae). Na primeira parte do trabalho foi investigada a composição química dos voláteis das folhas e dos frutos variando-se o tempo de secagem e o estádio de maturação, respectivamente. As análises através de CG-EM dos óleos essenciais das folhas nos permitiu observar que há mudanças significativas na percentagem relativa dos constituintes majoritários quando se varia o tempo de secagem. Desta forma, foi possível verificar um decréscimo nas percentagens dos álcoois como (E)-3-hexenol (68,6% nas folhas frescas; 13,3% após 10 dias de secagem); enquanto houve um aumento significativo no percentual dos monoterpenos oxigenados como geraniol (2,4% nas folhas frescas; 54,7% após 10 dias de secagem). Já nas análises da composição química dos voláteis dos frutos nos três estádios de maturação (verde, de vez e maduro), foi possível verificar uma clara diferenciação na proporção dos componentes principais, de acordo com o estádio de maturação. Assim, o aroma dos frutos verdes possui um teor maior de monoterpenos oxigenados como o óxido de cis-linalool, óxido de trans-linalool e linalool, enquanto a proporção de ésteres, álcoois, aldeídos e cetonas são menores. Por outro lado, na composição química dos voláteis dos frutos maduros, observamos um predomínio de ésteres, álcoois, aldeídos e cetonas, enquanto a proporção de monoterpenos oxigenados foi bastante reduzida. Já na composição dos voláteis dos frutos de vez, verificamos proporções intermediárias tanto dos ésteres, álcoois, aldeídos e cetonas quanto dos monoterpenos oxigenados como o óxido de cis-linalool, óxido de trans-linalool e linalool. Na segunda parte do trabalho, o estudo fitoquímico do látex dos frutos de H. speciosa nos permitiu o isolamento e identificação de 12 substâncias: 3-β-O-hexadecanoato de lupeoíla, 3-β-O-3-hidroxihexadecanoato de lupeoíla, 3-β-O-9-octadecenoato de lupeoíla, 3-β-O-octadecanoato de lupeoíla, 3-β-O-3-hidroxioctadecanoato de lupeoíla, 3-β-O-3-hidroxiicosanoato de lupeoíla, 3-β-O-3-hidroxidocosanoato de lupeoíla, 3-β-O-3,5-diidroxiicosanoato de lupeoíla, α-amina, β-amirina, lupeol e a sacarose na sua forma peracetilada. A determinação estrutural das substâncias foi baseada na análise dos dados espectrais de EM, IV e RMN (1H, 13C e DEPT). Por fim, na terceira parte do trabalho, foram realizados ensaios para verificação de atividade biológica com os extratos e frações isoladas das várias partes da planta estudada.

ASSUNTO(S)

hancornia speciosa triterpenos hancornia speciosa biological activity atividade biológica apocynaceae quimica volatile compound apocynaceae triterpenes compostos voláteis

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