PERCEPÇÃO DE JUSTIÇA E COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL EM SERVIDORES PÚBLICOS

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/02/2011

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo investigar as relações entre a percepção de justiça organizacional e o comprometimento dos servidores públicos do Estado do Tocantins. Para tanto, foram definidas dez hipóteses de pesquisa. Fizeram parte do estudo 240 servidores públicos tocantinenses da área da saúde. Todos responderam a Escala de Percepção de Justiça de Colquitt (2001) e a Escala de Comprometimento Organizacional de Meyer e Allen (1997), ambas validadas para a população brasileira e com bons índices de consistência interna. Também foi acrescentado um questionário para as variáveis sociodemográficas. Os instrumentos foram respondidos eletronicamente, através do site da pesquisa. Os dados foram analisados em duas etapas. Na primeira, foi feita análise de variância (teste t e ANOVA com scheffé) entre as variáveis sociodemográficas e a percepção de justiça e o comprometimento organizacional. Na segunda, foram analisadas as regressões múltiplas (stepwise), para verificar o poder preditivo das variáveis sociodemográficas sobre a percepção de justiça e o comprometimento, bem como, da percepção de justiça sobre o comprometimento dos servidores. Em síntese, os resultados das diferenças estatísticas demonstram que: não há diferença significativa para a percepção de justiça e o comprometimento em relação à ocupação de cargo de chefia ou função comissionada; o comprometimento afetivo e a percepção de justiça interpessoal demonstraram maiores médias que as demais dimensões; os servidores com maiores níveis de escolaridade apresentaram também maiores médias de comprometimento normativo; o aumento da escolaridade com uma diminuição das médias de percepção de justiça distributiva; as maiores médias de comprometimento afetivo foram identificadas entre os servidores que apresentaram idades mais avançadas; as maiores médias de comprometimento afetivo situavam entre os servidores que possuíam mais tempo de vínculo; as maiores médias de percepção de justiça distributiva situaram entre os servidores que estavam há mais tempo na organização, ao passo que as menores médias situaram nos grupos que possuíam maiores rendas. Os resultados das análises de regressão apontaram que: a percepção de justiça (interpessoal, distributiva e processual) influencia positivamente o comprometimento (afetivo e normativo) dos servidores tocantinenses. Os resultados indicam que a prática dos cargos de chefia e as funções comissionadas são fortes preditores da percepção de injustiça processual e informacional. Para que os gestores da saúde do Tocantins contem com um quadro de servidores mais comprometidos com a organização, são fornecidas algumas sugestões baseadas nos resultados da presente pesquisa.

ASSUNTO(S)

percepção de justiça organizacional comprometimento organizacional serviço público psicologia perception of organizational justice organizational commitment public service

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