Passos e descompassos : práticas em saúde mental na perspectiva da integralidade

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A pesquisa trata das circunstâncias de efetivação das práticas em saúde mental no Sistema Único de Saúde (SUS) na perspectiva da integralidade. Apóia-se nos operadores do pensamento complexo propostos por Edgar Morin, a saber, a recursividade, a dialogicidade e o holograma. Inicialmente é apresentada a seção: Integralidade e Saúde Mental no SUS à luz da Teoria da Complexidade de Morin, que aprofunda teoricamente aspectos da história da construção desse sistema de saúde, uma mudança ousada do modelo de atenção em saúde pública no Brasil. Além disso, trata de seus desdobramentos na busca pela integralidade da atenção, preconizada nos pressupostos do SUS e aponta possibilidades e entraves na garantia adequada da atenção em saúde mental com base em reflexões associadas ao pensamento complexo. Visando a problematização das práticas atuais em saúde mental no Município de Porto Alegre, tendo em vista a perspectiva da integralidade, a pesquisa oferece a segunda seção chamada: Práticas em saúde mental no SUS: situações do Município de Porto Alegre. Apoiada em uma abordagem qualitativa, associa o pensamento complexo à perspectiva do campo-tema e à análise da produção de sentidos no cotidiano através das práticas discursivas. Assim, constrói-se o campo-tema, com base na inserção em espaços de interlocução sobre assuntos da área pelo período de dez meses. Participaram da pesquisa pessoas inseridas nos espaços que compuseram o campo-tema e os dados foram coletados através de diário de campo, gravações e documentos de domínio público. A seção contempla movimentos de articulação e elaboração de estratégias de enfrentamento dos desafios da integralidade no campo da saúde, mais especificamente nas práticas de saúde mental, através de construções teórico-críticas que mostram o uso do método como possibilidade de práticas de cuidado em ato. A análise possibilitou a visibilidade não apenas de atos de criação e inovação na construção de ações integradas em saúde mental, como também da fragilidade à que está exposta essa rede, devido a interesses difusos, escassos investimentos e políticas sociais desarticuladas.

ASSUNTO(S)

polÍticas pÚblicas saÚde pÚblica saÚde mental psicologia social psicologia sistema Único de saÚde atenÇÃo À saÚde

Documentos Relacionados