Evaluation of health, socioeconomic context and participation in Family Health Strategy. / Avaliação da saúde, condições socioeconômicas e utilização da Estratégia Saúde da Família

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Atualmente a atenção básica no sistema de saúde pública brasileiro, tem sido reorganizada pela Estratégia Saúde da Família (ESF). Este estudo tem como objetivo principal conhecer as características das famílias que se cadastram na ESF em relação àquelas que numa mesma área não se cadastram, para que, desta forma, possamos avaliar se as famílias cadastradas são realmente as mais necessitadas economicamente e em termos de atenção à saúde. Foi realizado um inquérito populacional na área de abrangência de um dos núcleos de saúde da família (NSF) no bairro Sumarezinho da cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Participaram do sorteio da amostra a ser estudada todos os domicílios situados em sua a área de abrangência, independente de serem cadastrados ou não na ESF. A amostra foi estratificada pelas cinco microáreas pertencentes à área da unidade. Em cada microárea 15% das famílias cadastradas (C) na ESF e 60% das não cadastradas (NC) foram sorteadas. A coleta de informações foi realizada por meio de um questionário (completo) previamente elaborado, estruturado e pré-testado, aplicado a um membro da família. Foram coletadas informações de 209 famílias, relacionadas: à saúde geral e bucal, cobertura de plano de saúde médico e odontológico, condições socioeconômicas, dentre outras. Além disso, informações sobre o perfil de utilização da ESF pelas famílias C e os motivos para não participação das NC, foram também coletados. A análise descritiva foi seguida de análise bivariada entre os grupos de C e NC. Para variáveis contínuas, comparações de médias (teste t) apropriadas foram realizadas, e para variáveis categóricas, o teste de quiquadrado foi empregado.Foram construídos dois modelos de maneira hierárquica, para análise multivariável. 30,8% das famílias NC não tinham conhecimento da existência da ESF no bairro. Dentre as que já conheciam a não participação foi justificada pela posse de plano de saúde. Cerca de 28,0% dos membros das famílias C não utilizam a ESF, a razão mais comum para isso é ter um plano de saúde ou não ter problemas de saúde. O principal motivo para utilização da ESF pelas famílias C é para realização de consultas de rotina. As famílias C têm em geral mais doenças diagnosticadas do que as NC, especialmente artrite/artrose, diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, asma e problemas de coluna. Com base no modelo construído para todos as famílias participantes do estudo, as variáveis que melhor predisseram estar cadastrado na ESF foram escolaridade e ocupação do chefe da família, o tempo de moradia no bairro, porcentagem de pessoas com convênio de saúde e número de moradores. No modelo para as famílias que responderam questionário completo a classificação de poder de compra (ABEP) foi mais importante do que a escolaridade do chefe da família. A média de idade da família e a porcentagem de indivíduos embora não tenha sido estatisticamente significante ao ser incluída no modelo (p= 0.289), mostra que existe uma tendência de famílias com média de idade maior se cadastrar mais na ESF.

ASSUNTO(S)

socioeconomic context. condições socioeconômicas. utilization of health services family health saúde da família utilização de serviços de saúde

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