Parasitóides e predadores associados ao bicudo e lagarta rosada em algodoeiro tratado com caulim. / Parasitoids and predators associated with boll weevil and pink worm on kaolin - treated cotton

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

201107

RESUMO

Pulverizações do caulim podem ser consideradas no manejo de pragas do algodoeiro tanto em grandes lavouras no sistema convencional de produção como em pequenas lavouras no cultivo agroecológico. No entanto, é necessário que a utilização do caulim se integre de forma harmoniosa com os demais métodos de controle. Apesar do uso do caulim ser estudado visando o controle do bicudo Anthonomus grandis Boheman (Coleoptera: Curculionidae) e demais pragas, o efeito sobre a comunidade de inimigos naturais nessa cultura tem sido negligenciado. A comunidade de inimigos naturais em algodoeiro cultivado com baixo uso de agrotóxicos é abundante, diversa e com significante contribuição para restringir a ocorrência de pragas. Assim, este estudo investigou a aplicação sistemática do caulim, em condições de campo, sobre a perda de estruturas reprodutivas, emergência do bicudo e lagarta rosada Pectinophora gossypiell (Saunders) (Lepidoptera: Gelechiidae) de seus parasitóides e a abundância de predadores no dossel das plantas. Foi estudado o parasitismo do bicudo por Bracon vulgaris Ashmead (Hymenoptera: Braconidae) em botões florais pulverizados ou não com o caulim, em laboratório. A abscisão de botões florais foi 53% menor em parcelas com o caulim, mas a taxa de emergência de bicudo e lagarta rosada dessas estruturas foi similar entre os tratamentos com e sem caulim. Da mesma forma, o número de maçãs remanescentes por planta (~6 maçãs) foi similar entre os tratamentos. A abundância média de predadores Araneae, Formicidae, Chrysopidae e Coccinellidae presentes no dossel das plantas foi similar entre os tratamentos. Os parasitóides B. vulgaris e Catolaccus grandis Burks (Hymenoptera: Pteromalidae) apresentaram similar taxa de emergência em estruturas coletadas do solo nos tratamentos com e sem caulim. A taxa de parasitismo do bicudo por B. vulgaris, em laboratório, sob condições de chance de escolha entre botões florais pulverizadas ou não com o caulim foi similar. Portanto, os resultados mostram que repetidas pulverizações com o caulim, nas condições de campo do estudo conduzido, não causam efeitos adversos sobre os predadores e parasitóides que ocorrem naturalmente no local.

ASSUNTO(S)

controle físico semiárido manejo integrado de pragas controle biológico algodão caulim entomologia agricola integrated pest management semiarid physical control biological control

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