Padronização e implantação da técnica de antigenemia para monitorização da infecção pelo HHV-6 e HHV-7 e avaliação da co-infecção com HCMV no pós transplante hepático / Standardization and implantation of antigenemia technique for HHV-6 and HHV-7 infection monitoring and evaluation of co-infection with HCMV after liver transplantation

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/02/2012

RESUMO

O herpes vírus humano HHV-6 e HHV-7 pertencem à subfamília herpes virinae, família herpes viridae, são vírus universais e após infecção primária permanecem latentes no organismo, podendo ser reativados por período de imunossupressão. O objetivo da pesquisa visou a padronização e implantação da antigenemia para diagnóstico precoce de HHV-6 e HHV-7 e a realização da sorologia para HHV-6 em pacientes submetidos ao transplante de fígado do Hospital das Clínicas da Unicamp. A partir dos dados obtidos da antigenemia para HHV-6 e HHV-7, avaliou com os achados de antigenemia do HCMV, N-PCR para HCMV, HHV-6, HHV-7 e outros aspectos clinico-laboratoriais. O protocolo foi seguido de acordo com os requerimentos para pesquisas e foi aprovado pelo Comitê de Ética Institucional da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Conseguiu-se para o estudo amostras de 32 pacientes, com idade mediana de 47 (18-66) anos, sendo 20 (62,5%) do sexo masculino e 12 (37,5%) do sexo feminino. A monitorização dos pacientes foi realizada prospectivamente desde o pré-transplante e no pós-transplante, de modo semanal no 1º e 2º, quinzenal no 3º mês e mensal do 4º mês até o final do 6º mês. A partir de linfócitos extraídos de sangue periférico realizou-se a detecção de antígenos de HHV-6 com anticorpos monoclonais C65206M (marca Biodesign International, France) e MAB8535 (marca Biodesign International - USA) e conjugados de soro de coelho anti-IgG de camundongo Z0412-1 (marca Dako - CA, USA) e soro de cabra anti-IgG de coelho marcado com peroxidase 81-6120 (marca Zymed, CA, USA). Para a detecção de antígenos de HHV-7 foi utilizado o anticorpo monoclonal de rato KR4 (marca Advance Biotechnologies, Canada), conjugado soro de coelho anti-imunoglobulina de camundongo P0260 (marca Dako Cytomation, USA) e conjugado soro de cabra anti-IgG de coelho 81-6120 (marca Zymed, CA, USA) diluídos em PBS/BSA e aplicados sobre a fixação celular. Foi realizado a detecção de anticorpos IgM anti HHV-6 pelo teste de Elisa (marca Panbio, USA). Com essas metodologias a detecção de IgM anti HHV-6 foi positiva em 15,6% dos pacientes no pré transplante, 25% na quarta semana, 40,6% na 12 semana e em 46,9% na 24 semana após o enxerto. A antigenemia para HCMV, HHV-6 e HHV-7 foi positiva em 46,9%, 62,5% e 46,8% respectivamente. A N-PCR para HCMV e HHV-6 ocorreu em 81% dos casos, e para HHV-7 foi de 46,8%. Detectou-se que 50% dos pacientes estudados tiveram doença por HCMV. A doença causada pelo HHV-6 foi em 46,8% dos pacientes e em 15,6% para HHV-7. A concomitância de doenças foi observada nos pacientes com HCMV e HHV-6 em 21,9% e em 15,6% dos pacientes com HHV-6 e HHV-7. A doença causada pelos beta herpes vírus foi detectada com maior frequência ao redor da quinta semana. E os episódios de doença para HHV-6 e HHV-7 surgiram antes do aparecimento da doença por HCMV. Este estudo confirma a relevância da infecção pelo HCMV, HHV-6 e HHV-7 e a importância do monitoramento através de técnicas para a detecção precoce desses agentes, possibilitando a utilização de um tratamento preemptivo, com redução do risco de doença.

ASSUNTO(S)

fígado - transplante citomegalovirus viroses liver transplantation cytomegalovirus virus disease

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