PadrÃes EpidemiolÃgicos da HansenÃase em Ãrea de alto risco de transmissÃo nos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ. / Epidemiological patterns of leprosy transmission in a high risk area of MaranhÃo, ParÃ, Tocantins and PiauÃ, 2001-2009.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/10/2011

RESUMO

Nos Ãltimos anos, o Programa Nacional de Controle da HansenÃase tem focado suas aÃÃes em Ãreas geogrÃficas definidas com alta detecÃÃo de casos. Este estudo teve o objetivo de caracterizar padrÃes epidemiolÃgicos, espaciais e temporais da hansenÃase em um agregado de alto risco de transmissÃo, em municÃpios dos estados do MaranhÃo, ParÃ, Tocantins e PiauÃ. Desta forma, foram aplicados diferentes mÃtodos de anÃlise espacial (Descritivo, Abordagem Bayesiana Local, EstatÃstica Scan Espacial) e quantificada a dependÃncia espacial de diversos indicadores epidemiolÃgicos e operacionais da hansenÃase. Em outro estudo, foram identificados o fluxo de pessoas afetadas e os motivos para migraÃÃo apÃs diagnÃstico. No perÃodo de 2001 a 2009, 82.463 casos novos foram detectados no agregado (coeficiente mÃdio de detecÃÃo: 95,9/100mil habitantes ao ano). No resto do Brasil o coeficiente foi 21,0 (RR=4,56, IC 95%: 4,45-4,66; p<0,0001). Houve fluxo direcionado dos pacientes com hansenÃase notificados para um municÃpio diferente da sua residÃncia. AraguaÃna, Imperatriz, Marabà e Floriano receberam um nÃmero considerÃvel de casos provenientes dos municÃpios em seu entorno. As capitais SÃo LuÃs, Teresina e BelÃm absorviam tambÃm casos vindos de outros estados. GoiÃnia e BrasÃlia se localizam distante do agregado, mas tÃm destaque pela notificaÃÃo de casos provenientes do agregado. ApÃs o primeiro diagnÃstico, 53,5% dos motivos principais de migraÃÃo foram relacionados a mudanÃas de estilo de vida. AnÃlise Scan Espacial identificou 23 agregados de elevada detecÃÃo de casos novos, a maioria localizados no Parà e MaranhÃo. Estes agregados incluÃram apenas 32% da populaÃÃo, mas 55,4% dos casos novos e 101 (27,1%) municÃpios. TambÃm foram identificados 14 aglomerados significativos para o coeficiente de detecÃÃo em crianÃas e 11 de casos novos com grau 2 de incapacidade/100mil hab. O agregado mais significativo, no centro do MaranhÃo, teve um RR de 2,24 e uma detecÃÃo anual de 10,4 casos com grau 2/100mil hab. O mÃtodo de autocorrelaÃÃo local mostrou superposiÃÃo com Ãreas de alto risco identificadas pelo mÃtodo Bayesiano Local e na anÃlise Scan Espacial. O estudo mostra que a hansenÃase à hiperendÃmica na Ãrea de estudo, sem a perspectiva de exaurir estes casos nos prÃximos anos. AlÃm de diagnÃstico tardio em um nÃmero de casos considerÃvel, houve lacunas na descentralizaÃÃo do atendimento, evidenciado pelo fluxo das pessoas afetadas. A construÃÃo de mapas utilizando outros indicadores, alÃm do coeficiente de detecÃÃo geral, e a sobreposiÃÃo desses mapas pÃde identificar Ãreas desconhecidas em relaÃÃo ao risco de transmissÃo e de detecÃÃo de casos com incapacidades avanÃadas. Essa abordagem poderà ser aplicada em outras Ãreas de risco para assim identificar agregados mais especÃficos de risco elevado para a hansenÃase.

ASSUNTO(S)

epidemiologia saÃde pÃblica epidemiologia doenÃa/prevenÃÃo &controle distribuiÃÃo espacial da populaÃÃo leprosy epidemiology disease â prevention and control residence characteristics

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