Ocorrência de periodontopatógenos em crianças de mães periodontalmente doentes / Occurrence of periodontal pathogens in children and their periodontally diseased mothers

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/03/2012

RESUMO

Introdução: Periodontopatógenos podem ser transmitidos entre familiares. As crianças parecem ter em seus pais uma primeira via de contato. Nosso grupo tem investigado esta questão, principalmente nos estudos envolvendo transmissibilidade entre mães e filhos. Objetivo: O objetivo deste estudo transversal foi avaliar a presença dos periodontopatógenos A. actinomycetemcomitans, P. gingivalis, P. intermedia, C. rectus, T. forshytia e T. denticola em trinta crianças [de seis meses a 2,5 anos de idade] (1.660.57) e suas respectivas mães periodontalmente doentes [de 19 a cinquenta anos de idade] (29.367.30 anos de idade), diagnosticadas com periodontite crônica. Como grupo controle, foram incluídas 32 crianças [de seis meses a 2,5 anos de idade] (1.10 0.53) e suas respectivas mães [de 16 a 44 anos de idade] (27.097.19 anos de idade) sem periodontite. Método: Todos os indivíduos adultos foram submetidos a exames clínicos periodontais incluindo avaliação de profundidade de sondagem, nível clínico de inserção, índice de placa e gengival. No grupo caso, foram incluídas mães que apresentaram no mínimo quatro dentes com profundidade de sondagem ≥4mm associadas a perda de inserção clínica ≥3mm. Enquanto que no grupo controle, consideramos aquelas que apresentavam profundidade de sondagem ≤ 4mm e ausência de perda de inserção clínica. Amostras de biofilme das mães foram coletadas do sulco/bolsa periodontal e da saliva estimulada; e do grupo dos filhos, foram coletadas amostras de biofilme da saliva. Resultados: Verificou-se maior presença dos patógenos A.actinomycetemcomitans, P. gingivalis, P. intermedia, T. forshytia e C. rectus no sulco do que na saliva das mães com periodontite. T. denticola não apresentou diferença estatisticamente significante entre sulco e saliva (p>0,05) nos mesmos nichos. Nas mães sem periodontite, os patógenos P. intermedia, T. forshytia e C. rectus foram mais prevalentes (p<0,05) no sulco. A. actinomycetemcomitans e P. gingivalis apresentaram frequência similares (p<0,05) e T. denticola apresentou maior (p<0,05) frequência nas amostras de saliva. Nos filhos de ambos os grupos C. rectus foi mais frequente (p<0,05). Conclusão: Observamos uma tendência de maior frequência bacteriana nas mães com periodontite, o que, no entanto, nem sempre representou um aumento na frequência bacteriana de seus filhos. Constatamos, contudo, que os filhos de mães com periodontite apresentaram maiores frequências do patógeno C. rectus (p<0,05) seguido de T. denticola. Isso sugere a possibilidade de uma investigação mais aprofundada sobre a transmissibilidade de periodontopatógenos entre as mães e seus filhos.

ASSUNTO(S)

periodontopatógenos periodontitis periodontopathogens periodontia periodontite

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