O popular massivo: da mediação simbólica à trajetória do herói

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/05/2010

RESUMO

A pesquisa está baseada na obra literária de quatro autores: Lourdes Ramalho, Jessier Quirino, Bráulio Tavares e Astier Basílio, extraindo de seus textos o que simboliza o redimensionamento da linguagem poética popular e da tradição oral a qual estão vinculados. Seus textos falam de costumes e tradições e também procuram recriar as tramas narrativas do imaginário popular do Nordeste. Mesmo com a diferença entre os autores, é exatamente o que se repete que nos surpreende pelo vigor da linguagem e a reelaboração de certos traços típicos. Dentre os traços que se repetem e se reelaboram, percebemos a construção de heróis fora dos padrões convencionais de composição épica. São heróis que não têm nenhum grande feito para se vangloriarem, mas se sustentam na coragem de oferecer o próprio sangue em nome de uma vingança que é, sobretudo, ficcional. Este mecanismo de compensação está presente também na intenção simbólica de seus criadores, que vinculados a certos traços característicos de uma escrita regionalista, também se associam a outros elementos, referentes a suas atuações enquanto mediadores simbólicos. O que está na base da mediação simbólica é a observação da vida, o interesse pela tradição, o desejo de validar as formas poéticas que foram aprendidas no seio familiar. Porém, situando a mediação no contexto mais geral de transformação dos processos sociais, ela incorpora implicitamente o desejo de ressignificação das formas de dominação cultural. A mediação simbólica é o recorte de um fenômeno localizado entre fronteiras teóricas e culturais; uma abordagem nova para uma prática não tão nova assim.

ASSUNTO(S)

imaginário popular mediação simbólica tradição sociologia tradition symbolical mediation popular imaginary

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