O Jovem e o ensino de História: a construção da concepção de história por alunos do ensino médio

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A pesquisa desenvolvida teve por objetivo identificar que concepções de história tem o jovem concluinte do Ensino Médio e em que medida o ensino de história ao longo da Educação Básica pode ter contribuído para a elaboração dessas concepções, bem como que outros espaços poderiam ser identificados como influenciadores dessas concepções. Participaram da pesquisa 170 jovens, alunos do terceiro ano do Ensino Médio, distribuídos em cinco escolas, das redes pública e particular de ensino de Governador Valadares, bem como as orientadoras das escolas. Os dados foram coletados através de questionário e entrevistas, além de dados estatísticos buscados nos órgãos oficiais (INEP, MEC e IBGE). Os dados relativos ao município de Governador Valadares foram obtidos a partir do Diagnóstico Sócio- Econômico da Cidade de Governador Valadares, elaborado pela Faculdade de Administração de Governador Valadares, em parceria com a fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais. A análise dos dados se estabeleceu a partir de autores que investigam questões relativas à juventude, entre eles Dayrell (2002; 2003; 2006), Sposito (1997; 2003), e ao ensino de história como Siman (2001; 2003), Pais (1999), Carretero (1997) entre outros. Ao final da pesquisa pudemos perceber que, apesar das condições socioeconômicas que distinguem os sujeitos, não foi possível identificar indícios significativos de interferência do meio social sobre as concepções construídas pelos jovens pesquisados, ao longo da educação básica. Percebemos a escola como um espaço que se sobropõe sobre os demais na construção do conhecimento histórico do jovem e de suas concepções de história. A grande maioria deles apresenta uma concepção que se aproxima de uma perspectiva tradicional de compreensão da história, sendo que um grupo minoritário indica, ao contrário, uma concepção mais problematizadora e mais crítica da história. A predominância de uma concepção mais tradicional, a julgar pela declaração das coordenadoras entrevistadas, pode estar relacionada a uma permanência de práticas pouco problematizadoras, presentes ainda nas escolas que compuseram a amostra.

ASSUNTO(S)

educação. teses historia estudo e ensino teses

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