O Jornalismo de divulgação científica e a constituição do lugar enunciativo da superinteressante

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Essa dissertação pretende mostrar como se dá a constituição do lugar enunciativo da Superinteressante no campo discursivo de divulgação científica apontando para o modo como a revista se posiciona em relação às polêmicas instituídas no espaço discursivo em que se discute a temática de manutenção (ou não) da vida humana, no campo do jornalismo de divulgação científica. A partir da noção de gênero de discurso de Bakhtin (2003), traçar algumas considerações sobre o gênero reportagem de divulgação científica, a fim de caracterizar, de maneira minimamente satisfatória, as instâncias reguladoras do corpus de análise, buscando mostrar como as polêmicas são postas em cena nas reportagens por meio do discurso relatado. O intuito é verificar de que modo e em que medida a revista não se posiciona de forma neutra frente aos temas tratados, apesar de buscar incessantemente construir uma imagem de si como mera mediadora das questões abordadas, o que produz o que chamamos de efeito de posição de neutralidade. O corpus é formado por três reportagens de capa da revista: Afinal, o que está acontecendo com a medicina? (Ano 15, n. 5, maio/2001), Vacinas: a cura ou a doença? (Ano 15, n. 2, fevereiro/2001), e Eutanásia (Ano 15, n. 3, março/2001). A fundamentação teórica está alicerçada nas formulações de três autores Bakhtin (1986 / 1929), Authier-Revuz (2004) e Maingueneau (1997; 2005), mais especificamente, nas noções de dialogia, heterogeneidade enunciativa e interdiscurso. A abordagem do corpus se dá a partir da noção de polêmica constitutiva apresentada por Maingueneau (2005).

ASSUNTO(S)

linguistica gêneros de discurso spready scientific speech controversie divulgação científica polêmica discursiva enunciative place lugar enunciativo análise do discurso types of the speech

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