O Estresse oxidativo e a depressão no diabetes em modelo animal : o efeito do clonazepam / Oxidative stress and depression in animal model of diabetes : the clonazepan effect

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Objetivo: o presente estudo teve como objetivo avaliar o estresse oxidativo em animais diabéticos e não diabéticos submetidos ao modelo experimental de depressão, o nado forçado, e os efeitos do clonazepam, um modulador positivo GABAA, correlacionado os efeitos comportamentais com as alterações bioquímicas. Metodologia: ratos Wistar machos com 30 dias de idade, foram induzidos ao Diabetes por estreptozotocina e submetidos ao teste de natação forçada 21 dias após a indução. Após uma ambientação, o clonazepam foi administrado na dose 0,5 mg/Kg, bem como solução salina nos controles, 24, 5 e 1 hora antes do teste. A freqüência e a duração dos comportamentos neste teste foi registrada em vídeo cassete para avaliação etológica dos comportamentos por pesquisador treinado. Trinta minutos após o teste, os animais foram sacrificados por decapitação e foram separados o plasma e os eritrócitos, bem como os tecidos cerebrais córtex pré-frontal, estriado e hipocampo. Foram avaliadas as espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e a reatividade antioxidante total (TAR), bem como a atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD). Resultados e discussão: os resultados mostraram um aumento significativo do TBARS e uma diminuição significativa do TAR no plasma de animais diabéticos, efeitos estes revertidos pelo clonazepam. Não houve alteração na atividade da SOD e da CAT em eritrócitos. No hipocampo observou-se um aumento significativo no TBARS nos diabéticos, também revertido pelo clonazepam, sendo que nenhuma alteração foi verificada na medida do TAR. O aumento significativo do TBARS no córtex de ratos diabéticos, um indicador de lipoperoxidação, e a diminuição significativa do TAR no córtex dos animais diabéticos, um indicador da capacidade de modulação da ação dos radicais livres produzidos, não foram revertidos pela administração do clonazepam neste tecido cerebral. Ainda, não houve alteração do TBARS e do TAR no estriado dos grupos testados. O clonazepam foi capaz de reverter a imobilidade dos animais diabéticos submetidos ao teste de natação forçada. Não foi verificada correlação significativa entre a imobilidade e as medidas de TBARS e TAR. Conclusão: considerando a conhecida ação ansiolítica e antidepressiva do clonazepam, sugere-se que ele possa ser uma alternativa terapêutica na depressão em pacientes diabéticos, uma vez que ele não altera a glicemia e, pelos resultados aqui apresentados, teria uma ação protetora contra os radicais livres, os quais sabidamente contribuem para o desenvolvimento das complicações secundárias de Diabete Mellitus.

ASSUNTO(S)

diabetes estresse oxidativo clonazepan depressão diabetes depression oxidative stress behavioral models

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