O desenvolvimento (in)sustentável do agronegócio canavieiro

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-10

RESUMO

Nos últimos anos o agronegócio canavieiro vem passando por um surto de expansão, sendo apresentado como emblema do progresso e do que há de mais desenvolvido no país. No presente artigo, busca-se questionar os mitos construídos em torno desse setor da economia brasileira, desvelando as injustiças ambientais e o sofrimento vivenciado por trabalhadores nordestinos que anualmente se deslocam para oferecer sua força de trabalho nas regiões canavieiras. Metodologicamente, lançamos mãos da literatura especializada sobre agronegócio canavieiro em sua interface com a migração dos trabalhadores nordestinos e com as condições e relações de trabalho nas quais esses sujeitos estão inseridos. Utilizamos ainda dados de nossas próprias pesquisas desenvolvidas, na microrregião do Pajeú, Estado de Pernambuco e de Princesa Isabel - Paraíba. Os dados sinalizam para a (in) sustentabilidade ambiental e humana do agronegócio canavieiro, desmistificando, dessa forma, a doçura da cana e a pureza do etanol produzido no Brasil, uma vez que tal produção é fortemente marcada por condições perversas, cujas consequências sociais tem sido a depredação do meio ambiente, a destruição da flora e da fauna, a exploração do trabalho e dos trabalhadores marcados neste processo com o signo do adoecimento e não raramente da morte.

ASSUNTO(S)

desenvolvimento migração agronegócio trabalho adoecimento

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