O campo de estudo sobre prematuridade no Banco de Teses da Capes: produção científica e redes de colaboração em Educação Especial / The field of preterm-birth studies in CAPES Theses Database: scientific production and collaboration networks in Special Education

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/12/2012

RESUMO

Diversos fatores podem comprometer o crescimento e o desenvolvimento dos indivíduos, dentre eles encontra-se a prematuridade. A literatura da área tem apontado que crianças nascidas prematuramente podem apresentar alterações de crescimento e desenvolvimento, retardo mental e distúrbios de aprendizagem. Por isso, em diversos campos científicos a prematuridade tem sido estudada e, entre eles, encontra-se a Educação Especial. Neste campo os estudos enfocam a atenção primária, secundária e terciária contribuindo para a prevenção de deficiências, para as estratégias de educação e para os procedimentos de intervenção. A presente pesquisa tem como objetivo verificar como se constitui o campo de estudos sobre a prematuridade no Brasil a partir do Banco de Teses da Capes e também verificar as redes de colaboração científica na intersecção entre Educação Especial e prematuridade. A pesquisa está estruturada em duas etapas denominadas Estudo 1 e Estudo 2. O Estudo 1 corresponde à análise bibliométrica da produção científica em prematuridade disponibilizadas no Banco de Teses da Capes com o objetivo de relatar o estado da arte da produção do conhecimento sobre essa temática refletida nas dissertações e teses brasileiras. O método do Estudo 1 foi desenvolvido em quatro etapas: etapa 1: construção do referencial teórico por meio de leitura de textos científicos das áreas de Educação Especial, Ciência da Informação e Prematuridade para embasar cientificamente a pesquisa; etapa 2: coleta de dados utilizando como fonte os resumos das teses e dissertações disponibilizadas no Banco de Teses da Capes que apresentaram a temática da prematuridade, no período de 1987 a 2009; etapa 3: organização, tratamento e construção dos indicadores bibliométricos dos registros; etapa 4: análise e interpretação dos resultados encontrados, recuperando-se os conceitos expostos no referencial teórico sobre produção científica em prematuridade para fundamentar as análises dos dados obtidos. Os resultados do Estudo 1 revelam: aumento da produção científica envolvendo a temática no período estudo (1987 a 2009); a produção está representada, em sua maioria, pelas dissertações de mestrado; a instituição que mais se destacou foi a Universidade de São Paulo, consequentemente, a região do país que se destacou foi a região Sudeste. Em relação às grandes áreas do conhecimento a produção científica em prematuridade está concentrada na área de Ciências da Saúde vinculadas aos programas da área de Medicina e Enfermagem. As agências financiadoras que mais se destacaram foram CAPES, CNPq e FAPESP. Com relação ao gênero dos autores das teses e dissertações verificou-se que 79,8% são do sexo feminino 20,2% do sexo masculino. Ficou constatado também que a concepção de risco predominante é a concepção médico/biológico e o local da realização dos estudos predominante foram as Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal. Com relação aos objetivos verificou-se que os estudos que tratam sobre os aspectos do aleitamento, nutrição, sucção, desmame, doenças periodentais e composição do leite tiveram maior frequência de aparecimento. Esses estudos foram direcionados, em sua maioria, aos prematuros com tempo gestacional entre 31 a 34 semanas e com muito baixo peso (>1500g). O Estudo 2 corresponde as redes de colaboração científica em prematuridade no campo da Educação Especial. Os resultados do Estudo 2 constataram que a produção em parcerias é uma tendência no meio acadêmico, sendo também identificada na interface analisada; há poucos relacionamentos entre os orientadores e também entre as instituições que participaram do presente estudo; em contrapartida; foi possível observar que dentro dos grupos formados ocorre a colaboração científica entre diferentes instituições e também outra relação forte que pode ser percebida é a de orientador e orientando. Os resultados apresentados contribuíram para retratar o campo de estudos sobre prematuridade no Brasil, permitindo visualizar tanto as potencialidades como as lacunas dessa área do conhecimento, despertando nos pesquisadores motivação para a busca de novas fontes de dados e, se pertinente e desejável, parcerias entre grupos de pesquisas e instituições, numa perspectiva colaborativa.

ASSUNTO(S)

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