Novos aportes teórico-metodológicos para o diagnóstico de osteoartrose em séries esqueléticas e sua importância para a arqueologia brasileira: I - Registro dos processos tafonômicos e dos marcadores ósseos

AUTOR(ES)
FONTE

Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. hum.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

Estudos de Marcadores de Estresse Ocupacional (MEO) têm sido cada vez mais realizados com vistas ao entendimento do estilo de vida de populações antigas, uma vez que são potencialmente capazes de informar acerca das solicitações mecânicas ocorridas ao longo da vida, principalmente aquelas relacionadas a atividades cotidianas. Osteoartroses estão entre os principais tipos de MEO, as quais, devido à alta frequência entre populações pré-coloniais, têm sido objeto de muitos estudos bioarqueológicos entre pesquisadores norte-americanos e europeus. Apesar de demonstrado seu potencial para informar sobre padrões adaptativos e divisão sexual e/ou social de tarefas, esses estudos ainda são raros no Brasil. Esta situação tem relação, provavelmente, com uma série de problemas metodológicos para entendimento, identificação e registro dos marcadores osteológicos da osteoartrose. Um amplo projeto desenvolvido pela autora vem evidenciando a falta de padronização nesses estudos, além da utilização de metodologias inadequadas, as quais resultam em erros sistemáticos de quantificação. Como consequência, observa-se a inviabilização de comparações de resultados entre séries afins, além do comprometimento da confiabilidade e interpretação dos padrões observados. Este artigo discute a importância dos critérios de eleição das articulações a serem examinadas, da padronização e adequação do registro dos marcadores ósseos, assim como dos estudos de MEO, especificamente de osteoartroses, para a arqueologia brasileira.

ASSUNTO(S)

bioarqueologia metodologia diagnóstico osteoartrose séries esqueléticas

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