Notas sobre uma estética do trauma no Brasil
AUTOR(ES)
Kogawa, João Marcos Mateus, Magalhães, Anderson Salvaterra
FONTE
Bakhtiniana, Rev. Estud. Discurso
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-08
RESUMO
RESUMONeste artigo, o objetivo é demonstrar como a midiatização de casos de tosquias de mulheres constroem, na e pela linguagem, uma estética do estranhamento que referenda discursos flagrantes de fronteiras sócio-histórico-culturais. Para isso, articulam-se, teoricamente, o pensamento bakhtiniano, sobretudo sua insistência na dimensão semiótico-ideológica da linguagem, e postulados barthesianos, em especial o entendimento da constituição semiológica de trauma. Metodologicamente, cotejam-se registros e divulgação de tosquia feminina em duas inscrições históricas: na França, por ocasião da chamada Liberação na década de 1940, e no Brasil da atualidade, em comunidades cariocas que convivem com a cultura do tráfico. No estudo apresentado, procura-se responder à seguinte questão: como, depois de tantas décadas, essa voz do pós-guerra francês emerge no contexto brasileiro (res)significando as mesmas práticas? A análise empreendida aqui mostra que a “prosa” das tosquiadas mobiliza vozes diferentes que, ao imprimirem suas marcas nos enunciados, estratificam a linguagem e desenham fronteiras sócio-culturais.
ASSUNTO(S)
dialogismo Ética estética linguagem trauma
Documentos Relacionados
- Notas sobre a clínica do trauma
- Notas sobre predação em uma taxocenose de anfíbios anuros no sudeste do Brasil
- Numa cama, numa greve, numa festa, numa revolução: notas sobre materialidades de uma experiência estética
- Uma nova espécie e notas sobre Baccharis L. sect. Caulopterae DC.(Asteraceae) no Brasil
- Uma nova espécie de Tibouchina Aubl. (Melastomataceae) e notas taxonômicas sobre o gênero no Estado do Paraná, Brasil