Negreiros nos Mares do Sul: famílias traficantes nas rotas entre Angola e Brasil em fins do século XVIII

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Adotando o "Atlântico" como um sistema heterogêneo de possível instrumentalização para o estudo da História, essa dissertação procura estudar o tráfico de escravos entre Angola e Brasil em finais do século XVIII através dos testamentos de traficantes de escravos que morreram em terras "angolanas", deixando bens e herdeiros em várias partes desse "mundo atlântico" integrado. As relações comerciais e familiares desses traficantes de escravos revelam a existência de uma comunidade de negreiros em Benguela em finais do século XVIII, com fortes contatos nos principais portos brasileiros, em especial o Rio de Janeiro. A empresa negreira familiar do sargento-mor de auxiliares da Capitania de Benguela, Antonio Jose de Barros, é um belo exemplo que emerge da documentação. A análise da trajetória desse negreiro, e o cruzamento com informações sobre seus familiares e parceiros comerciais, ilustram esse cenário de intensas trocas comerciais e culturais entre duas regiões, em margens opostas de um mesmo território atlântico.

ASSUNTO(S)

rio de janeiro. escravos historia angola brasil história tráfico

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