NATALI, Paula Marçal. The Ludic in Institutions of Non-Formal Education: Scenery of Several Challenges, Stalemate and Contradictions / O LÚDICO EM INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL: CENÁRIOS DE MÚLTIPLOS DESAFIOS, IMPASSES E CONTRADIÇÕES

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Este estudo tem por objetivo investigar conceitos subjacentes às falas dos sujeitos envolvidos no processo da Educação Não-Formal na cidade de Maringá, tendo como foco principal as atividades lúdicas e esportivas. As questões que nortearam o trabalho estão voltadas para as reflexões sobre a política de atendimento às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social em Maringá, a análise das configurações do cenário da Educação Não-Formal na educação brasileira e dos determinantes que definem as práticas educativas em instituições do Terceiro Setor. Foram analisadas duas instituições de cunho filantrópico e social da cidade de Maringá. O estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa qualitativa de cunho multirreferencial. O referencial teórico é composto por autores da Educação Popular, da Educação Não- Formal e críticos do Terceiro Setor. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: entrevistas semi-estruturadas e grupos focais. Para compreender a política de atendimento às crianças e adolescentes, foram realizadas entrevistas com os membros do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente CMDCA e com funcionárias da Secretaria de Assistência Social e Cidadania SASC. Para entender a efetivação dessas políticas e as práticas educativas das instituições, foram realizadas entrevistas com os educadores sociais, coordenadores das instituições de contra turno social e realizados grupos focais com adolescentes institucionalizados. As principais considerações sobre este estudo são que: a SASC estabelece na maioria das vezes uma relação com as instituições de contra turno social da cidade burocrática e distante. O CMDCA se configura como uma estrutura que busca adentrar na atuação democrática, mas que acaba se limitando a projetos, relatórios, visitas esporádicas e apuração de denúncias. Em relação aos educadores sociais compreendemos que estes precisam construir coletivamente a ação educativa, refletir sobre os trabalhos realizados e discutir os objetivos e projetos das instituições de contra turno social em que atuam, fazer as mediações entre as propostas institucionais, a realidade das classes populares e as políticas sociais. Quanto aos adolescentes, o que se verifica é que são provenientes de classes populares, têm um rendimento escolar muito baixo, consideram a instituição de contra turno social que freqüentam um espaço acolhedor e uma oportunidade de serem inseridos no mercado de trabalho e que as atividades lúdicas e esportivas representam um momento de descanso e de compensação diante da rotina imposta a eles. Sendo assim, foi possível evidenciar a urgente necessidade de reflexões sobre as políticas públicas e as ações educativas formadas nas parcerias estabelecidas entre o Terceiro Setor e o Estado no sentido de inclusão social das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

ASSUNTO(S)

educacao supplementary activities outside class time contra turno social children and teenagers in a vulnerable situation ludic and sport activities crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social atividades lúdico-esportivas

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