Movimentos dos olhos e topografias de controle de estímulos em treino de discriminação condicional e testes de equivalência / Eye movements and stimulus control topographies in conditional discrimination training and equivalence tests

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A análise operante dos movimentos dos olhos tem-se mostrado uma medida auxiliar no estudo de controle de estímulos, posto que diferentes topografias de controle de estímulo (TCE) correlacionam-se a diferentes padrões de movimento dos olhos, segundo dados recentes da literatura. O presente estudo buscou analisar experimentalmente os efeitos de diferentes TCE (seleção/rejeição) sobre o padrão dos movimentos dos olhos de quatro participantes submetidos a treinos de discriminação condicional e testes de equivalência. Figuras sem sentido, letras do alfabeto ocidental, números e letras do alfabeto grego foram utilizadas como estímulos visuais. Inicialmente, durante a fase de Linha de Base (LB), todos os participantes foram submetidos a um treino AB/BC e aos testes de transitividade (AC), simetria (CB e BA), equivalência (CA) e reflexividade (AA, BB e CC), nessa ordem. Em seguida, em seqüências distintas para cada participante, foram conduzidas diferentes fases de treino em que o controle por rejeição ou por seleção passaram a ser favorecidos por meio da manipulação das proporções de S+ e de S-. Na fase de Controle por Rejeição (RJ), os participantes foram submetidos a um treino DE/EF no qual o estabelecimento da TCE por rejeição fora favorecido; em seguida, foram realizados os testes (DF, FE, ED, FD, DD, EE e FF). Na fase de Controle por Seleção (SL), os participantes foram submetidos a um treino GH/HI no qual a TCE por seleção fora favorecida; em seguida, foram realizados os testes (GH, IH, GH, IG, GG, HH e II). Dois dos participantes foram submetidos às fases experimentais na ordem LB RJ SL; para os outros dois, a ordem das duas últimas fases foi invertida (LB SL RJ). Todos os participantes apresentaram alta porcentagem de acerto nos testes seguintes às fases LB e SL. Na fase RJ, somente um participante apresentou desempenho indicativo de controle por rejeição, ou seja, falhas sistemáticas nos testes de transitividade, equivalência e reflexividade. Para esse participante, na fase RJ, a topografia de olhar somente o S- antes de escolher um dos comparações foi ocorreu em alta freqüência comparada a olhar somente o S+. Nessa mesma fase, a freqüência e a duração do olhar para o S- também foram maiores quando comparadas ao S+. O inverso se deu na fase SL, ou seja, houve uma alta freqüência da topografia de olhar somente o S+, bem como houve maiores freqüências e durações de olhar ao S+ comparadas ao S-. De modo geral, para os demais participantes, os quais foram bem-sucedidos nos testes seguintes à fase RJ, a topografia de olhar antes de escolher um dos comparações, bem como a freqüência e a duração da fixação do olhar foram maiores para o S+ do que ao S- ao longo de todas as fases. O presente estudo mostra que diferenças nas TCE estabelecidas foram acompanhadas de diferenças na topografia, na freqüência e na duração do olhar para o S+ e o S-. Além disso, os resultados sugerem que é necessário investigar procedimentos capazes de garantir o estabelecimento do controle exclusivo por seleção ou rejeição.

ASSUNTO(S)

equivalência de estímulos eye movements controle de estímulos matching-to-sample stimulus equivalence matching-to-sample stimulus control movimentos dos olhos

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