Mortalidade da população em idade ativa (PIA) por doença cardiovascular e câncer nas capitais e nas regiões metropolitanas brasileiras: associação com indicadores socioeconômicos
AUTOR(ES)
Mardone Cavalcante França
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Analisa-se a relação da mortalidade entre doença cardiovascular e câncer e indicadores socioeconômicos, tomando como base a população de 10 a 64 anos. Inicialmente, as hipóteses foram relacionadas à renda absoluta e à desigualdade de renda. Em seguida, foi feito o confronto entre desigualdade de renda e educacional. Trata-se de um estudo ecológico de corte transversal, tendo o ano 2000 como referência. Considerou-se como unidades de observação as regiões metropolitanas e as capitais brasileiras. Utilizou-se a média de óbitos do triênio 1999-2001 - extraídos do DATASUS/SIM e dados populacionais do Censo Demográfico de 2000, do IBGE. Empregou-se a técnica de regressão linear múltipla, adotando-se como variáveis dependentes os seguintes indicadores de mortalidade: Esperança de Vida ao Nascer (EVN), Taxas de Mortalidade Padronizadas para Doença Cardiovascular (TMPDC) e Taxas de Mortalidade Padronizadas para o Câncer (TMPC). As variáveis independentes foram o Log (PIB per capita), a Renda Familiar per capita (RFPC), o Índice de Gini, a Razão de Desigualdade de Renda (RDR) e a Razão de Desigualdade Educacional (RDE). Os resultados mostraram que o PIB per capita e a Renda Familiar per capita foram significativos, sustentando a hipótese da renda absoluta. Verificou-se, também, que o Índice de Gini e a RDR não foram estatisticamente significantes em nenhum dos modelos estimados, fato que levou a negação da hipótese da renda relativa. No confronto entre a desigualdade de renda e a desigualdade educacional, para as capitais, a RDE e o PIB per capita mostraram-se significantes porém, a RDR não o foi. Em conclusão, confirma-se, para o Brasil, a hipótese da renda absoluta em detrimento da hipótese da renda relativa, em concordância com resultados encontrados na literatura para muitos países pobres e em desenvolvimento. O fato novo revelado neste estudo agrega à literatura a importância da desigualdade educacional (RDE) na determinação da saúde urbana do Brasil, em detrimento da desigualdade de renda
ASSUNTO(S)
mortalidade brasil desigualdade educacional desigualdade de renda doença cardiovascular câncer ciencias da saude
ACESSO AO ARTIGO
Documentos Relacionados
- Saúde cardiovascular em população residente nas capitais brasileiras
- Tendência das Taxas de Mortalidade por Doença Cardiovascular e Câncer entre 2000 e 2015 nas Capitais mais Populosas das Cinco Regiões do Brasil
- Mortalidade por homicídios na década de 80: Brasil e capitais de regiões metropolitanas
- Elasticidade-renda dos produtos alimentares nas regiões metropolitanas brasileiras: uma aplicação da POF 1995/1996
- A distribuição de indivíduos qualificados nas regiões metropolitanas brasileiras: a influência do entretenimento e da diversidade populacional