Morfometria radiográfica e tomográfica em dígitos de bovinos e bubalinos / Radiographic and tomographic morphometry in digiti of the cattle and buffaloes

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/02/2012

RESUMO

Exames radiográficos e tomográficos podem colaborar para o diagnóstico e prognóstico de enfermidades podais fundamentados no conhecimento de valores morfométricos referenciais. Várias raças de bovinos e a espécie bubalina ainda necessitam das determinações desses valores para os dígitos. Com isso, o objetivo com esta pesquisa foi comparar e correlacionar as medidas dos côndilos e falanges, em imagens radiográficas e as medidas das estruturas internas e externas dos cascos, em imagens tomográficas, para búfalos e bovinos das raças, Nelore, Curraleira e Pantaneira. Após submissão e aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFG, protocolo N 090/2011, foram utilizadas 114 extremidades distais dos membros locomotores de bovinos e bubalinos sem enfermidades podais. Os membros foram colhidos em frigorífico, sob Inspeção Federal, desarticulados nas junções carpo/metacarpo e tarso/metatarso e, por sorteio, foram utilizados apenas membros torácico e pélvico esquerdos. Para os exames radiográficos, os posicionamentos utilizados foram o dorso-palmar/plantar e para os exames tomográficos os membros foram posicionados com a porção palmar ou plantar sobre a mesa do tomógrafo e as imagens obtidas em cortes transversais. A partir das imagens radiográficas foram mensurados o comprimento dos côndilos, das falanges proximal, média e distal e de todo o dígito e côndilo juntos .As mensurações tomográficas realizadas foram: espessura da sola; distância entre parede interna da sola-falange distal; distância entre a parede interna do casco-falange distal; espessura da parede do casco; comprimento da base da falange distal; comprimento lateral da falange distal; altura da falange distal; comprimento da sola; comprimento da parede dorsal do casco; profundidade do talão; ângulo entre os comprimentos da parede e da sola e ângulo entre os comprimentos lateral e da base da falange distal. Para a comparação de médias entre as raças foi utilizado o teste de Tukey (p≤0,05). A correlação de Pearson foi realizada entre o peso e todas as mensurações e a análise multivariada testou a similaridade dos grupos. Nos resultados dos exames radiográficos, verificou-se para os búfalos, maior comprimento de falange proximal, tanto nos membros torácicos (Lateral:6,280,13; Medial:6,310,18) quanto nos membros pélvicos (Lateral:6,480,15; Medial:6,380,17). Os comprimentos dessas falanges não diferiram (p>0,05) entre as raças Curraleira e Pantaneira nos dígitos dos membros torácicos. Nos exames tomográficos, as medidas do comprimento da base (Lateral:5,580,18 e Medial:6,520,32 / Lateral:5,390,09 e Medial:6,430,18), comprimento lateral (Lateral:5,440,21 e Medial:6,020,24 / Lateral:5,30,17 e Medial:6,070,27) e altura (Lateral:3,980,16 e Medial:4,150,12 / Lateral:3,930,11 e Medial:4,010,12)da falange distal, apresentaram as maiores medidas em búfalos e não diferiram (p>0,05) entre as raças de bovinos. Diante disso, conclui-se que os animais da espécie bubalina apresentam as maiores dimensões de côndilos e falanges. Em imagens tomográficas, medidas dos cascos foram similares entre as raças Curraleira e Nelore no membro torácico e entre Curraleiro e Pantaneiro no membro pélvico.

ASSUNTO(S)

búfalo casco curraleiro falanges nelore pantaneiro clinica cirurgica animal buffaloes hoof curraleiro phalanges nelore pantaneiro

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