Modos de regulação e formação de competências profissionais : uma reflexão sob a luz da teoria do agir organizacional

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/12/2010

RESUMO

Apesar de muitas serem as pesquisas na área de desenvolvimento de software, ainda existem lacunas no que se refere às dimensões organizacionais: a formação de competências no ambiente de trabalho é uma delas. O objetivo dessa pesquisa é analisar até que ponto os modos de regulação (heteronomia, autonomia e discricionariedade) promovem constrangimentos à formação de competências dos profissionais programadores que atuam no arranjo produtivo local de software da cidade de Maringá - PR. A abordagem teórica que fundamenta essa pesquisa é a teoria do Agir Organizacional proposta por Bruno Maggi (2006). Essa teoria possibilita desenvolver uma reflexão que destaca a relação entre modos de regulação no trabalho e formação de competências. Para obter as informações necessárias à compreensão do objeto de estudo, utilizou-se da abordagem metodológica quantitativa, a partir da qual fez-se uso de um questionário com questões fechadas e abertas. A análise considerou métodos estatísticos como a análise de distribuição de freqüência e média, a criação de índices, no caso das concepções da formação, além de testes de associação e de dependência entre variáveis relacionadas aos modos de regulação, níveis de decisão, cooperação, coordenação e constrangimentos. Em relação às concepções da formação, os índices confirmaram que empiricamente os diferentes tipos são percebidos. Isso significa que as várias questões relacionadas a uma mesma concepção, representam de fato um construto específico de acordo com os respondentes. Os dados também indicaram constrangimentos exíguos à formação de competências relacionados aos modos de regulação na amostra estudada. A baixa evidência de percepção de constrangimentos e relação entre os modos de regulação pode ser explicada por um dos principais meios pessoais de desenvolvimento de competências: a troca de experiências entre colegas, que não exige, necessariamente, que a empresa a promova. A predominância da concepção da formação do agir e sistema como processo também contribuiu com uma explicação, pois esta concepção está relacionada a identificação das necessidades e desenvolvimento das competências pelos próprios profissionais. Além disso, os resultados apontam algumas tendências: a tomada de decisão pode ser compartilhada entre gestores e programadores; a cooperação geralmente é espontânea; e a coordenação pode ocorrer com a participação de todos em algumas situações. Fatores que podem contribuir com os resultados encontrados em relação aos constrangimentos.

ASSUNTO(S)

competência e desempenho teoria da organização alianças estratégicas (negócios) indústria de software competence and performance organization theory strategic alliances (business) computer software industry

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