Midiatização do crack e estigmatização: corpos habitados por histórias e cicatrizes
AUTOR(ES)
Romanini, Moises, Roso, Adriane
FONTE
Interface (Botucatu)
DATA DE PUBLICAÇÃO
17/03/2014
RESUMO
Neste artigo propomos uma análise das experiências de usuários de crack em relação ao próprio corpo, sensações e histórias relacionadas ao uso da droga. Baseados nas pressuposições metodológicas da Hermenêutica de Profundidade, observação participante e grupos focais foram conduzidos em um Centro de Atenção Psicossocial para usuários de álcool e outras drogas. A análise foi apoiada por autores da sociologia, psicologia social e psicanálise. Nos discursos dos profissionais da saúde, usuários de crack e da mídia de massa, foi confirmada a reprodução e manutenção das relações de dominação entre homens e mulheres. O corpo do usuário é alvo de categorizações sociais e acaba sendo colado à identidade de usuário de crack. Outro aspecto relevante observado foi que os usuários de crack apresentaram um pensamento crítico contra os discursos hegemônicos sobre drogas veiculados nos meios de comunicação.
ASSUNTO(S)
cocaína crack corpo humano estereótipo estigma social psicologia social
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