Metodologia de prospecção de pequenas centrais hidrelétricas. / Small hydroeletric power plant prospection methodology.

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Ao longo das últimas décadas, centenas de usinas hidrelétricas de todos os portes foram construídas no Brasil, sendo que as centrais hidrelétricas de pequeno porte foram os embriões deste desenvolvimento e recentemente assumiram papel de destaque com as mudanças ocorridas no setor elétrico iniciadas em meados dos anos 90. Através do estudo de aspectos técnicos que influenciam o custo-benefício de implantação de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e da revisão bibliográfica de trabalhos anteriores que abordaram o assunto, a presente dissertação propõe uma sequência de etapas para avaliar de maneira preliminar e expedita a viabilidade de hidrelétricas entre 1 e 30 megawatts (MW). A metodologia de prospecção de PCHs é uma fase de estudo anterior ao inventário hidrelétrico e tem como objetivo estudar situações favoráveis e desfavoráveis à implantação de pequenas usinas, baseada em critérios técnicos, econômicos e socioambientais. A partir da coleta e organização dos dados da bacia hidrográfica a qual se pretende estudar, a metodologia sugere que sejam avaliados os condicionantes e restrições decorrentes de aspectos geológico-geotécnicos, socioambientais e de infraestrutura e logística. A partir desta análise, parte-se para a identificação de sítios com características atrativas, concepção de arranjos conceituais e definição da queda bruta, quando é ressaltada a utilização de modelos digitais de terreno (MDT). Posteriormente, procede-se para a avaliação da disponibilidade hídrica, oportunidade em que é destacado o uso de estudos de regionalização de vazões. Com base na queda bruta e nos estudos hidrológicos, devem ser elaboradas as estimativas da energia média produzida e potência instalada dos aproveitamentos identificados. Neste ponto, o trabalho apresenta uma discussão sobre parâmetros que podem ser facilmente obtidos através de estudos de regionalização de vazões para estimativa da energia média e, também, define uma faixa usual de fatores de capacidade de PCHs para o estabelecimento da potência instalada. O próximo passo consiste na avaliação econômica e, se necessária, uma visita que retroalimenta com novas informações a seqüência de etapas. Devido à variedade das informações espaciais necessárias, a metodologia é estruturada a partir de ferramentas de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) que permitem relacionar e cruzar informações georreferenciadas, facilitando a organização e as análises necessárias. Como resultado da aplicação, é 7 possível a construção de um panorama abrangente dos principais aspectos que afetam o custo e o benefício de implantação das PCHs identificadas. Como forma de demonstrar e exemplificar a metodologia proposta foi desenvolvido um estudo de caso para a bacia do rio do Peixe, em Minas Gerais. Dessa forma, este trabalho visa contribuir com o setor elétrico brasileiro através de uma ferramenta que pode ser utilizada, tanto por órgãos públicos como entes privados, para o planejamento e maior conhecimento dos recursos energéticos, subsidiando a tomada de decisões de uma forma simples, rápida e de baixo custo.

ASSUNTO(S)

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