MensuraÃÃo da erosÃo do solo no semiÃrido em diferentes usos de terras e escalas espaciais / Measurement of soil erosion in semi-arid region at different uses and spatial scales

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/01/2012

RESUMO

A obtenÃÃo de dados de erosÃo do solo em diferentes escalas espaciais à de fundamental importÃncia, principalmente no semiÃrido do Nordeste brasileiro onde esses dados sÃo escassos. O semiÃrido brasileiro à vulnerÃvel à erosÃo hÃdrica, principalmente devido Ãs suas caracterÃsticas climÃticas, edÃficas e Ãs prÃticas de exploraÃÃes insustentÃveis, resultando no empobrecimento dos solos agrÃcolas e comprometendo a qualidade das Ãguas dos reservatÃrios superficiais (principais reservas hÃdricas da regiÃo). Nesse sentido, o presente estudo objetivou gerar dados bÃsicos de escoamento, produÃÃo de sedimento e analisar os principais processos e fontes de variaÃÃo na perda de solo em diferentes escalas espaciais em regiÃo semiÃrida, bem como os processos naturais atuantes em cada escala, e os efeitos do uso do solo na conservaÃÃo do meio. A Ãrea de estudo està localizada no semiÃrido cearense, na bacia hidrogrÃfica do Alto Jaguaribe no municÃpio de Iguatu, no Centro Sul do Estado do CearÃ. Os estudos de erosÃo e escoamento superficial foram conduzidos em trÃs nÃveis de escala: microbacias com Ãreas em torno de 1 a 3 ha, parcelas de erosÃo de 20 m2 e parcelas de 1 m2, todas sob condiÃÃes de chuvas naturais. Ao todo, foram instaladas quatro microbacias experimentais, seis parcelas de erosÃo de 20 m2 e seis parcelas de 1 m2, sob diferentes usos do solo; Caatinga nativa; Caatinga raleada; desmatamento seguido de enleiramento e cultivo de milho; e desmatamento, queima com cultivo de pastagem. O estudo ocorreu durante os anos de 2009, 2010 e 2011, com chuvas concentradas de janeiro a junho, correspondendo à estaÃÃo chuvosa da regiÃo. As coletas para quantificaÃÃo do volume escoado superficialmente e de amostras para determinaÃÃo da perda de sedimentos foram realizadas a cada evento de chuva erosiva, no acumulado de 24 horas. Ocorreram maiores coeficientes de escoamento e perdas de solo na escala de 20 m que nas escalas de 1 m e de microbacia: em relaÃÃo à escala de 1 mÂ, a parcela de 20 m provoca um aumento da velocidade de escoamento ao longo da vertente, aumentando tambÃm a capacidade de transporte; na escala de microbacia, a presenÃa de Ãreas com baixas declividades atuaram como zonas receptoras de sedimentos. Na Ãrea com cobertura de Caatinga Nativa, a presenÃa de pontos de alta erodibilidade e com solo nu, na escala de microbacia, à responsÃvel pela maior parte das perdas de solo, fato que nÃo pode ser representado na pequena escala de parcela. Jà a Ãrea que recebeu o tratamento de raleamento, apresentou na escala de microbacia menor coeficiente de escoamento superficial e menores perdas de solo em relaÃÃo à Ãrea Caatinga Nativa. O manejo de desmatamento e enleiramento dos restos vegetais e cultivo de milho, proporcionou incremento no coeficiente de escoamento superficial e nas perdas de solo em relaÃÃo ao perÃodo anterior, com cobertura de Caatinga nativa. O tratamento de desmatamento, queimada e cultivo de pastagem (Andropogon gayanus Kunt), resultou nas maiores perdas de solo e Ãgua em relaÃÃo aos demais manejos estudados.

ASSUNTO(S)

engenharia agricola escoamento superficial microbacia parcela de erosÃo manejo da caatinga surface runoff watershed erosion plot caatinga management solos - erosÃo escoamento

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