Mecanismos neuroprotetores do exercício físico envolvendo a liberação de Glutamato e a apoteose celular

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A atividade física e seus efeitos positivos sobre a saúde e a reabilitação têm sido estudados nos últimos anos, na busca pelos mecanismos protetores fisiológicos e moleculares, advindos de protocolos controlados e padronizados de exercício físico. Estudos a respeito dos efeitos protetores do exercício físico sobre doenças com alta incidência no sistema nervoso central estão demonstrados. Porém, os mecanismos moleculares adjacentes a estes efeitos ainda apresentam-se contraditórios e pouco explorados. Tendo em vista o grande crescimento de estudos na área, que utilizam principalmente modelos animais controlados e padronizados de exercício físico, teve-se por objetivo analisar os mecanismos neuroprotetores do exercício físico regular, envolvendo a liberação de glutamato e a apoptose celular, após privação de oxigênio e glicose (isquemia in vitro), em fatias cerebrais de ratos. Os animais foram divididos em dois grupos: exercício e sedentário. O grupo exercício foi submetido à natação, durante oito semanas, enquanto o grupo sedentário foi exposto às mesmas condições experimentais, mas sem realizar o programa de natação. No decorrer e no final do período de exercício, foram avaliados tanto as características adaptativas ao esforço, como o estado emocional/estresse e aprendizado/memória dos animais. Ao final das avaliações das características adaptativas fisiológicas, fatias cerebrais destes animais foram submetidas a um protocolo de privação de oxigênio e glicose, para análise do glutamato liberado, a expressão de proteínas apoptóticas como caspase-3, -8, -9 e apoptosis-inducing factor além da análise da viabilidade celular. De acordo com os nossos resultados os animais apresentaram uma resposta adaptativa significativa e benéfica ao protocolo proposto. Após o insulto isquêmico a liberação de glutamato e a expressão de proteínas apoptóticas apresentaram-se significativamente menores para o grupo exercício, comparado ao grupo sedentário, além de uma viabilidade celular significativamente mais alta para o primeiro grupo. Em resumo, nossos resultados corroboram com a literatura a respeito dos efeitos benéficos e protetores do exercício físico, apontando possíveis vias intrínsecas a estruturas cerebrais que adaptativamente podem ser moduladas, garantindo neuroproteção a insultos isquêmicos cerebrais.

ASSUNTO(S)

fisiologia teses. exercícios físicos fisiologia teses. acido glutamico fisiologia. agentes neuroprotetores decs privação de oxigênio e glicose apoptose teses. isquemia cerebral teses.

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