Manejo da infecção de ferida operatória após artrodese lombar mantendo a instrumentação

AUTOR(ES)
FONTE

Coluna/Columna

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

OBJETIVO:

Determinar se um protocolo cirúrgico de desbridamento extenso imediato, sistema de irrigação fechado e antibioticoterapia seria eficaz para alcançar a resolução da infecção profunda da ferida sem remover a instrumentação.

MÉTODOS:

Estudo prospectivo de coorte com 19 pacientes com estenose espinhal degenerativa ou espondilolistese degenerativa, que desenvolveram infecção após artrodese lombar posterior. O diagnóstico foi confirmado por uma cultura microbiana de fluido subfascial lombar e/ou sangue. Os pacientes foram tratados com um protocolo de exploração de ferida, irrigação extensa e desbridamento, colocação de um sistema de irrigação fechado que foi mantido durante cinco dias e antibióticos por via intravenosa. O sistema de instrumentação não foi removido.

RESULTADOS:

A média de idade foi de 59,31 anos (± 13,17) e a maioria dos pacientes era do sexo feminino (94,7%; 18/19). O tempo médio para a identificação da infecção foi de duas semanas e 57,9% foram submetidos a apenas uma exploração da ferida. A contagem de eritrócitos, a sedimentação de eritrócitos e a proteína C-reativa mostraram diminuição significativa após o tratamento. Na avaliação final, também foi observada redução significativa da sedimentação de eritrócitos e de proteína C-reativa. Nenhum exame laboratorial foi útil para prever a necessidade de mais do que um desbridamento.

CONCLUSÃO:

Os pacientes com infecção da ferida após a instrumentação podem ser tratados sem a remoção da instrumentação por meio da exploração da ferida, irrigação intensa, desbridamento de tecidos necróticos, sistema de irrigação fechado mantido por 5 dias e antibioticoterapia adequada. Os exames de sangue não foram úteis para prever a revisão cirúrgica.

ASSUNTO(S)

infecção da ferida operatória doença crônica proteína c-reativa contagem de leucócitos contagem de eritrócitos

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