Jucelino Kubitschek e Salomão: a força de uma ideologia

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/07/2011

RESUMO

Brasília, a capital do Brasil, localizada na região Centro-Oeste, nas terras vermelhas do cerrado goiano, destaca-se das demais capitais por seu complexo de belos monumentos, símbolo da arquitetura moderna, de reconhecimento internacional. O primeiro capítulo analisa a ideia da transferência da capital desde o Brasil Colonial até o advento da República. Abordam-se aspectos constitucionais que ampararam a transferência, bem como toda a articulação governamental para justificar a construção da capital, o mais rápido possível no interior do Planalto Central. Brasília, como a metassíntese do Programa de Metas do governo JK desencadeará reações favoráveis e contrárias à sua construção. Torna-se símbolo e a obra mais importante da política nacional-desenvolvimentista. Sua construção é um grande desafio imposto por JK à nação brasileira. O segundo capítulo volta-se para a política de construção salomônica, no qual se relatam a luta inescrupulosa pelo poder e as muitas maquinações do grupo de Salomão para alcançar o trono, usurpando o lugar do legítimo herdeiro. Destacam-se as inúmeras obras arquitetônicas de Salomão que surgem como pano de fundo para desencadear toda uma política de opressão e dominação sobre o povo de Israel e povos estrangeiros. Dá-se ênfase à construção do templo, a mais importante obra do reinado de Salomão que funcionará como um forte motivo religioso para sustentar todo o poderio do monarca, assim como todo o seu aparato estatal. A partir da construção do templo, restabelece-se a relação contratual entre rei e povo, garantindo a Salomão o direito ao tributo. As diversas construções requerem a providência de extensa mão de obra. Salomão recorre à corveia: trabalho forçado para o Estado, que recruta milhares de trabalhadores para atuar à frente das construções. A corveia representou uma enorme exploração do trabalho humano, notadamente para as tribos do Norte e para os povos estrangeiros. O terceiro e último capítulo discorre sobre a situação dos trabalhadores à época da construção de Brasília. Analisa o processo de construção ideológica sobre a mudança e a construção da capital e como essa ideologia a nacionaldesenvolvimentista propaga-se a ponto de convencer e arregimentar milhares de trabalhadores rurais para os canteiros de obras. Analisa ainda as precárias condições de trabalho e os bastidores da construção, que denunciam a profunda espoliação a que estavam submetidos os candangos à época da construção, inclusive submetidos ao trabalho forçado. Para finalizar, estabelece-se um paralelo entre as práticas da monarquia davídica e a política de Juscelino Kubitschek.

ASSUNTO(S)

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