Investigações sobre discriminações simples e discriminações condicionais em abelhas / Investigations of simple discriminations and conditional discriminations in bees. Doctorate dissertation.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/04/2012

RESUMO

Pesquisas sobre formação de classes de equivalência constituem uma abordagem experimental sobre o desenvolvimento do comportamento simbólico, o qual depende essencialmente do desenvolvimento de relações condicionais entre estímulos. O procedimento de emparelhamento com o modelo (MTS) é tipicamente usado para ensinar relações condicionais e tem sido usado também em pesquisas com abelhas. Abelhas são capazes de aprender discriminações condicionais, como relações de identidade, relações arbitrárias entre estímulos visuais, relações arbitrárias entre cores e odores e responder generalizado por identidade. Abelhas poderiam, então, ser usadas como um modelo experimental para o estudo de processos básicos envolvidos no desenvolvimento de precursores do comportamento simbólico. O principal objetivo da presente pesquisa foi estabelecer discriminações condicionais em abelhas. Outro objetivo foi testar o controle por seleção e controle por rejeição em linhas de base de discriminação simples, tendo em conta que essas relações de controle estão envolvidas no responder por exclusão. No Experimento 1, onze abelhas M. quadrifasciata e M. rufiventris foram treinadas em uma tarefa de emparelhamento por identidade. A tarefa foi aprendida pela maioria das abelhas. No Experimento 2, quatro M. rufiventris foram individualmente treinadas em uma tarefa de MTS arbitrário. Uma dessas abelhas apresentou indícios de aprendizagem da tarefa. No Experimento 3, vinte Apis mellifera e quatro M. rufiventris foram treinadas em uma tarefa de MTS arbitrário. Além disso, foi conduzido um teste de simetria com as Apis mellifera. A tarefa de MTS arbitrário foi aprendida pelas A. mellifera, mas não pelas M. rufiventris. No teste de simetria, as A. mellifera apresentaram desempenho com nível de precisão ao acaso, isto é, o comportamento não ficou sob controle da nova função de modelo. No Experimento 4, vinte M. rufiventris foram treinadas em uma tarefa de discriminação simples. Em seguida, foi conduzido um teste de controle por seleção e rejeição. Foi demonstrado tanto o controle por seleção quanto por rejeição. Por um lado, esses dados mostram que não foram produzidas discriminações condicionais estáveis. Além disso, não ocorreu emergência de simetria. Por outro lado, foram sistemática e fidedignamente produzidas discriminações simples, MTS por identidade e relações de controle por seleção e por rejeição em abelhas. Esses avanços no estudo de processos básicos de aprendizagem em abelhas podem ser um ponto de partida seguro para o estudo de repertórios relacionais complexos.

ASSUNTO(S)

aprendizagem emparelhamento com modelo controle por seleção controle por rejeição abelha apis mellifera melipona quadrifasciata melipona rufiventris psicologia matching-to-sample select-control reject-control exclusion apis mellifera melipona quadrifasciata melipona rufiventris

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